O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de dezembro de 2014 registrou variação de 0,55% no custo de vida dos maceioenses. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag).
Segundo a pesquisa, o item que apresentou maior variação foi educação (4,31%), a alta significativa é ocasionada, principalmente, pela inflação de cursos regulares (5,68%), tendo como base o aumento devido ao custo do ensino fundamental (8,05%) e do ensino médio (5,70%).
“A inflação no mês de dezembro se dá geralmente pelo aumento dos valores das mensalidades nos colégios. Neste mês, é realizado o pagamento duas vezes, o da matrícula e o da mensalidade. Então o valor pago para educação é duplicado”, explica o coordenador do levantamento do IPC na Seplag, Gilvan Sinésio.
Outro grupo que teve alta em dezembro foi o transporte (0,69%). De acordo com o levantamento, a variação ocorreu principalmente pelo preço do automóvel novo (0,84%) e o conserto de automóvel (0,92%). “Quando chegamos ao final do ano o preço do bem acaba aumentando devido ao lançamento das novas linhas. Nesse caso, também se pode observar a diminuição do IPI para automóveis”, destaca Sinésio.
A alta temporada para turismo e o período de férias fizeram com que os itens passagens áreas (11,16%) e hotel (8,76%) também tivessem variação significativa no IPC de dezembro. Os grupos que quase não tiveram variação foram comunicação (0,03%) e saúde e cuidados pessoais (0,14%). O IPC acumulado no ano foi 5,46. Entre os grupos que mais pesaram no acumulado de 2014 estão habitação (10,23%), educação (7,61%), transporte (6,29%), vestuário (5,11%) e alimentação e bebidas (4,18%).
Cesta Básica
O valor da Cesta Básica na capital foi o mesmo que o mês de novembro de 2014, comprometendo 34,63% do antigo valor do salário mínimo (R$724,00). Para Sinésio, o resultado idêntico ao mês de novembro de 2014 corresponde apenas pelo preço dos produtos, no entanto, a alimentação básica tem peso significativo na renda. “O impacto com alimentação no orçamento é o maior. Ele consome 25% do orçamento total”, afirma o diretor.
A compra dos itens básicos compromete RS 250,74 da renda total do trabalhador. Os itens que mais pesaram no bolso do consumidor em dezembro foram carne (0,24), leite (0,11), feijão (0,12), arroz (0,25), farinha de mandioca (0,68), tomate (2,25), pão francês (0,02), café (0,49), banana (0,89), açúcar (0,76), óleo de soja (0,11) e manteiga (0,28).
No acumulado do ano, os itens que mais aumentaram foram o tomate (20,94%), a carne (8,32%), arroz (6,31%), feijão (6,20%) e leite (4,31%).
A pesquisa completa está disponível no link: http://dados.al.gov.br/dataset/indice-de-preco-ao-consumidor-de-maceio-2014-ipc
