Reduto do jazz, frequentadores prometem ocupar praça após intervenção municipal

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Reduto do jazz, blues, chorinho e exposições culturais em Maceió, os frequentadores do Rex JazzBar prometem ocupar a Praça do Rex, no bairro da Pajuçara, em defesa do espaço criado por Hélvio Gama, que sofreu um baque na última sexta-feira, dia 5, após ser autuado por fiscais da Secretaria de Convívio e Controle Urbano (SMCCU) da Prefeitura de Maceió. A ação ganhou grande repercussão na cidade e foi considerada ‘antipática’ por vários segmentos.

Nesta quarta-feira, dia 10, está prevista a ‘ocupação’ da praça pelos frequentadores do bar. O evento está sendo organizado pelas mídias sociais, mas já mobilizou setores importantes como Abrasel, Judiciário, entre outros. Devido à atuação, a mobilização não contará com música.

Apesar da repercussão negativa, as fiscalizações envolvendo SMCCU, IMA, Prefeitura e Polícia Militar são recorrentes e atingem estabelecimentos localizados em toda capital. De acordo com a assessoria de comunicação da SMCCU, os estabelecimentos precisam de alvará de funcionamento, pagar pela ocupação do solo, além de utilizar som dentro do limite estabelecido pela lei. Ainda segundo a SMCCU, a autuação do Rex Jazz Bar se deu após várias denúncias de abuso de som alto e após a constatação de outras irregularidades.

Em entrevista ao Alagoas 24 horas, Hélvio Gama se mostrou surpreso com a ‘repercussão’ após a autuação do Rex. Gama disse reconhecer a necessidade de disciplinamento imposta pelo município, mas estranhou as denúncias de som alto, uma vez que a sua vizinhança consistiria, basicamente, de escritórios e estabelecimentos comerciais.

Hélvio destacou, ainda, que tenta se regularizar junto ao município para garantir o funcionamento legal do seu estabelecimento, mas que o prejuízo provocado pela brusca interrupção no funcionamento na última sexta abalou as suas finanças.

“O Rex cresceu mais que a ideia original. Hoje, o bar propriamente dito serve apenas de ponto de apoio, com estrutura modesta e comida frugal, o Rex verdadeiro é feito pelos artistas da terra, por aqueles que nos visitam, pelas exposições e ocupações artísticas, esse é o Rex que estamos defendendo”, avaliou.

A área, que já foi de um tradicional cinema, ganhou novos ares com os novos frequentadores. O município, por sua vez, lembra das exigências estabelecidas pelo código de postura para o funcionamento de qualquer estabelecimento. A SMCCU lembra que outros bares foram autuados pelas mesmas irregularidades.

Para aqueles que quiserem abraçar o Rex Jazz Bar, a dica é levar o próprio banquinho, uma vez que o material apreendido pela SMCCU na última sexta ainda não foi reavido.

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