Comissão da verdade segue ouvindo depoimentos em AL; Lessa depõe
A Comissão Nacional da Verdade entregou seu relatório a presidente Dilma Roussef na manhã desta quarta-feira, 10, mas as entrevistas e depoimentos têm prosseguimento em todo o país. Hoje, na sede da OAB em Jacarecica, em Maceió, o deputado federal eleito Ronaldo Lessa (PDT) depôs e contou sobre as suas prisões durante o regime militar.
Lessa afirmou à comissão que foi preso pelo menos três vezes, sendo a primeira em abril de 1969, em Maceió, após ser acusado de propaganda subversiva por pichar muros. Libertado, o político voltou a ser detido em Fortaleza, quando teria sido, segundo seu depoimento, submetido à tortura psicológica, com ameaças de morte e sessões de sufocamento.
Apesar da experiência traumática, Lessa avaliou suas prisões como excessos, uma vez que à época não possuía atividade política significativa, vindo a se filiar muito mais tarde ao Partido Comunista Revolucionário (PCR).
Agora, o depoimento de Lessa se junta às declarações de outras 12 pessoas em Alagoas e que devem robustecer os dados sobre um período obscuro da história política brasileira.
No relatório entregue pela Comissão Nacional da Verdade foram confirmadas 434 mortes de vítimas desaparecidas durante a ditadura militar no país, dessas, 210 nunca foram localizadas.
Crédito: Alagoas24horas
Crédito: Alagoas24horas
