Sentado no banco dos réus, nesta segunda-feira (15), o empresário Saulo Almeida da Silva, o Saulo Bananeira, confessou ter assassinado a tiros o cunhado, Alisson Bastos Ferro, em dezembro de 2011.
Durante seu depoimento na tarde de hoje, Saulo Bananeira assumiu a autoria dos disparos e disse que a arma usada no crime era sua e havia comprado para se proteger. “Comprei essa arma (um revólver 38) numa feira em Arapiraca para minha proteção. Venho de uma família que tem muita briga por herança e comprei a arma para a minha proteção”, disse Saulo.
Apesar de alegar sempre ter tido um bom relacionamento com a vítima, Saulo disse em depoimento que tudo mudou após uma discussão entre os dois. “Eu estava no terreno com alguns amigos ele me ligou dizendo eu tinha deixado minha esposa em casa para sair com outras mulheres e disse que eu fosse pra casa que ele queria resolver. Disse que ia atirar na minha cabeça”, relatou o réu.
Após este episódio, segundo Saulo, eles chegaram a conversar e resolveram o problema. No dia do crime o assunto voltou a tona e teria motivado o crime. “Ele voltou com as mesas conversas, nós brigamos e eu dei uma tapa na cara dele. O Alisson saiu e quando voltou aconteceu a tragédia”, disse o réu, contando que havia atirado no cunhado.
Questionado pelo juiz Geraldo Amorim se havia esfregado o rosto de sua esposa no corpo da vítima e dito que os tiros seriam para ela, Saulo negou, dizendo não se lembrar de diversas perguntas feitas pelo magistrado.
Ainda durante seu depoimento, Saulo deixou claro que em nenhum momento a vítima teria tentado tirar a arma da mão dele, mas afirmou não se lembrar de ter entrado em luta corporal. “No outro dia, quando estava na Central de Polícia, meu rosto estava machucado, mas não lembro como foi que me machuquei”, disse.
Questionado pelo advogado de defesa, Bruno Barros, Saulo Bananeira afirmou que nunca havia ameaçado e nem agredido a esposa. “Se eu fosse esse monstro todo ela não estaria comigo até hoje”, disse.
Ao final do depoimento, Saulo pediu perdão à família da vítima reconhecendo que não é fácil perder um ente querido.
O julgamento teve início na manhã desta segunda-feira. Além do policial responsável pela ocorrência no dia do crime, em 10 de Dezembro de 2011, quatro testemunhas de acusação foram ouvidas.
O crime que vitimou Alisson Bastos Ferro aconteceu na casa do acusado, no bairro Brasília, em Arapiraca, Agreste de Alagoas.
Crédito: Alagoas 24 Horas
Crédito: Alagoas 24 Horas
