Gil Rugai se entrega à polícia em São Paulo

Estudante era procurado pela polícia após Justiça decretar nova prisão.

ReproduçãoEstudante era procurado pela polícia após Justiça decretar nova prisão.

Estudante era procurado pela polícia após Justiça decretar nova prisão.

O estudante Gil Rugai, condenado em 2013 pela morte do pai e da madrasta, se entregou na manhã desta quarta-feira (5) à Polícia Civil de São Paulo. Ele era procurado pela polícia, que na noite de terça-feira (4) recebeu mandado de prisão contra o estudante emitido após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Rugai chegou à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por volta das 8h30, em um carro da Polícia Civil. Ele estava acompanhado de um delegado e de um advogado. A defesa do jovem combinou com a polícia o horário que o estudante iria se entregar, na casa da avó dele, na Zona Oeste de São Paulo.

Os desembargadores negaram, por unanimidade, nesta terça-feira (4), um pedido da defesa de Rugai para anular o julgamento ocorrido em fevereiro de 2013. Os advogados disseram que vão recorrer da decisão. O estudante foi condenado a 33 anos e nove meses em regime fechado pelos assassinatos do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, em 2004, dentro da residência do casal em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.

De acordo com o voto do relator Luis Soares de Mello Neto, “esmiuçadas as teses defensivas e os depoimentos de todas as testemunhas, não se vislumbra, sequer nas minúcias, uma fagulha de prova que possa concretizar-se como evidência de que a decisão dos jurados tenha se dado manifestamente contrária”. Participaram do julgamento, unânime, os desembargadores Euvaldo Chaib e Ivan Sartori.

Gil Rugai não estava no plenário durante o julgamento do recurso e foi representado pelos advogados. O estudante sempre negou que tenha atirado em Luiz Carlos Rugai e Alessandra Troitino. A acusação, por outro lado, diz que Gil cometeu o crime porque havia sido descoberto desviando dinheiro da empresa do pai.

"Para mim foi uma surpresa os desembargadores determinarem a prisão imediata de Gil Rugai", disse ao G1 o promotor Rogério Leão Zagallo, responsável por acusar o estudante pelos crimes.

Segundo o MP, a defesa pode recorrer da decisão dos desembargadores de decretarem a prisão.

Alegações da defesa

Os advogados do condenado queriam a anulação do júri, ocorrido no Fórum da Barra Funda, alegando que houve erros durante o andamento do processo.

Os defensores disseram que contas telefônicas comprovariam que Rugai estava em outro lugar no momento dos assassinatos. Os advogados também alegam que a perícia errou na elaboração do laudo do arrombamento da porta, que teria sido danificada por um pé compatível com o de Gil. Uma “testemunha surpresa” também ouvida durante o julgamento de Gil seria um argumento para pedir a anulação do júri, de acordo com a defesa.

Durante júri ocorrido no ano passado, Gil foi considerado culpado pelas mortes do pai e da madrasta. Foi condenado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe. O júri ocorreu no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste, de onde o estudante saiu sem ser preso porque já respondia ao crime em liberdade.

Fonte: G1

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