Garoto de 14 anos é apreendido após ameaçar diretora de escola

Izabelle Targino/Alagoas24horasSargento Teodoro, do Batalhão de Polícia Escolas

Sargento Teodoro, do Batalhão de Polícia Escolas

Um garoto de 14 anos foi apreendido na tarde desta segunda-feira, 10, por policiais do Batalhão Escolar, após ameaçar a diretora da Escola Municipal Elizabeth Anne Lyra L. de Farias, no Benedito Bentes. A história é muito parecida com a relatada na manhã de hoje por funcionários da Escola Marizete Correia Nunes, localizada no bairro Antares, cujas aulas foram suspensas por ameaças de um aluno de 13 anos. Desta vez o caso terminou com dois menores apreendidos e um maior detido, na Central de Flagrantes.

A diretora da escola, Fabiana Nascimento, conta que existe uma norma na unidade que proíbe alunos e professores de utilizarem aparelhos celulares nas salas de aula. Pela manhã, a diretora – que precisou substituir um professor na turma do 6º ano – viu que um aluno estava usando o aparelho e o guardou. Ainda segundo a norma, o celular só poderia ser entregue aos pais do aluno, devidamente identificados.

O fato teria despertado a ira do garoto, que aproveitou o intervalo de uma aula vaga para pedir a uma jovem que se passasse por sua irmã para tentar recuperar o celular. Com a negativa da diretora, o rapaz, teria saído da escola e retornado por volta das 12h30, armado e na companhia de dois jovens, para ameaça-la.

“Eu tinha deixado o aparelho celular na portaria para o caso de os pais aparecerem para busca-lo. Ao invés disso, ele apareceu com dois rapazes e disse que eu queria roubar seu celular”, relatou a diretora, que trabalha na escola há dez anos.

De acordo com o sargento Theodoro do BPEsc, o menor de 14 anos teria chamado um amigo para ir à escola ameaçar a diretora. Trata-se também de um menor, de 17 anos. “Ele me chamou pra ir com ele na escola, mas não disse o que ia fazer lá. Era para ameaçar a diretora…depois ele mandou eu guardar a arma e eu coloquei na cintura”, relatou o jovem de 17 anos, que não estuda na escola.

O garoto de 14 anos, disse em entrevista à imprensa que a ideia era intimidar a professora. “Se ela não desse de um jeito ia entregar de outro”, disse o menor, que afirma estar arrependido. O garoto teria comprado o revólver calibre 38 com seis munições em uma feira, no valor de R$ 500. Segundo ele, teria vendido u videogame e uma bermuda para conseguir o valor.

Questionado sobre o motivo de ter adquirido um revólver ele respondeu: “Por que tem uns caras que gostam de mexer com a pessoa”.

O terceiro envolvido no caso é um jovem de 18 anos identificado como Willian de Souza Félix Barbosa. Ele teria guardado o revólver no telhado de sua casa, a pedido do menor de 17 anos, parceiro do aluno. Este afirma que não teve participação na ameaça e deve responder por posse ilegal de arma de fogo.

Após prestar depoimento, a diretora da escola desabafou sobre a situação que os professores de escolas públicas estão vivendo em Alagoas: “Nossa profissão é falida. Não recebemos para sermos ameaçados”, disse. A diretora pedirá transferência da escola.

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