Em fase experimental, Ecoponto minimiza descarte inadequado

Fernando Coelho (Ascom/Slum)O agente de limpeza Cícero Marcos em atuação no Ecoponto Pajuçara.

O agente de limpeza Cícero Marcos em atuação no Ecoponto Pajuçara.

Com as portas abertas para o recebimento de resíduos de construção civil, poda e material volumoso e inservível, o primeiro Ecoponto posto em funcionamento na capital pela Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) apresenta bons resultados desde que passou a operar em caráter experimental há cerca de quatro meses.

Situado na Rua Campos Teixeira, s/n, Pajuçara, o equipamento minimizou o descarte inadequado em vias, terrenos e esquinas em sua área de abrangência, que envolve os bairros de Pajuçara, Ponta da Terra e Ponta Verde.

“O Ecoponto Pajuçara foi instalado numa área que era um ponto de descarte de resíduos onde havia um reclame da população do entorno. Ele não só solucionou o problema ali, após receber o resíduo de forma ordenada, como trouxe satisfação à população no entorno”, avalia Gustavo Novaes, superintendente da Slum.

Os descartes que ocorriam em ruas e terrenos passaram a ser feitos de forma ordenada no Ecoponto, que funciona de segunda a sábado, das 6h às 18h. Na instalação, uma rampa de acesso facilita o descarte de resíduos que chegam em carrinhos, carroças e pequenos utilitários e são despejados em três grandes caixas estacionárias, cada uma com capacidade para armazenar até 17 toneladas de material.

A substituição das caixas cheias é feita diariamente. Um caminhão coletor leva as cheias para o Aterro Sanitário de Maceió e deixa novas caixas vazias no local. Ou seja, o material que provavelmente seria depositado na rua passou a ter uma destinação correta. “Podemos dizer que diminuímos o descarte irregular naquela região”, reforça o gestor da Slum.

Sentinela da limpeza

Cícero Marcos é um dos garis que se alternam no turno de recepção do Ecoponto Pajuçara. Ele ingressou na limpeza urbana no ano de 2009 e desde a construção do Ecoponto, passou para a função de “sentinela” do equipamento.

Ele confirma a adesão da população. “A cada dia, o número de viagens aumenta”, aponta o gari, que mostra o controle de entrada de resíduos. Num único dia, o Ecoponto Pajuçara recebe, em média, 60 viagens de descarte de resíduos, entre cargas trazidas por carroceiros, frentistas e cidadãos. “Mas há dias de maior movimento que chega a 100 viagens”, comenta Cícero.

Vale ressaltar que o Ecoponto não recebe lixo domiciliar e nem resíduos especiais, como pneus, lâmpadas, pilhas e baterias, entre outros. Em casos assim, Cícero orienta as pessoas a procurarem o estabelecimento onde compraram os produtos ou visitar o site da Prefeitura de Maceió – www.maceio.al.gov.br/slum/ – para obter mais informações.

João Moraes Silva atua como frentista há quase dez anos na região da Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. Com carrinho de mão, ele despeja resíduos na caçamba estacionária. “Eu achei muito bom. Ao invés de jogar na rua, deixamos aqui. As pessoas no inicio achavam ruim, mas hoje eles sabem que e melhor aqui do que na rua”, pondera.

Logo após a saída de João Moraes, o utilitário de pequeno porte de Ivanildo Costa trouxe restos de material volumoso inservível – no caso, móveis de cozinha em desuso. “Rapaz, isso aqui é maravilhoso. Muito bom. Evita muita coisa. E, principalmente, deixa a cidade limpa”, comemora. “Eu descobri por que moro aqui perto, mas o bairro todo já sabe. Só deixa o lixo na rua quem quer”, passa a lição.

Fonte: Assessoria

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