‘Não se acovardou’, diz irmão de músico da Cidadão Quem no RS

Estêvão Pires/G1Duca Leindecker no velório do irmão, Luciano

Duca Leindecker no velório do irmão, Luciano

Familiares, amigos e fãs se despedem do músico da banda Cidadão Quem Luciano Leindecker, morto aos 42 anos em decorrência de complicações relacionadas a um mieloma múltiplo. O velório começou às 5h30min deste sábado (22), no Cemitério da Santa Casa, em Porto Alegre.

O ex-baixista faleceu na sexta-feira (22), após travar uma luta contra um tipo câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas. Emocionado, o irmão Duca Leindecker lembrou o período de tratamento contra a doença.

"Ele não se mixou e nunca se acovardou. Principalmente na batalha contra a doença. Acho que esse é o legado do Luciano. E tudo que a gente pode deixar, porque o tempo que a gente perde correndo atrás do dinheiro a gente nunca vai conseguir pagar. Então, o tempo não volta", disse ao G1.

Formada atualmente pelos irmãos Duca e Luciano, além de Cláudio Matos na bateria, a Cidadão Quem surgiu nos anos 90 e lançou sucessos como “Ao Fim de Tudo”, “Dia Especial”, “Pinhal” e "Os Segundos", que esteve na trilha sonora da novela Malhação da Rede Globo e alçou a banda no cenário nacional.

"Ele deixou um legado. Tem uma música que eu compus que se chama ‘Amanhã Colorido’, que fala das coisas boas para deixar na vida. Diz: ‘Olha a luz que brilha de manhã, sabe quanto tempo estive aqui’. Mas acho que ele deixou isso, a concepção de que as coisas importantes na vida, são a própria vida. O valor que se dá a própria vida. As opções, as escolhas que a gente faz. E ele escolheu viver com plenitude, com prazer, fazendo esporte, andando de moto, tocando", lembrou Duca Leindecker.

O artista enfrentava a doença há oito anos e estava em tratamento no Hospital Dom Vicente Scherer, no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre. Considerado um dos personagens mais queridos da cena musical gaúcha, Luciano Leindecker tratou-se com radioterapia, tratamento sistêmico com medicação e passou por um auto-transplante de medula há cerca de quatro anos.

Fonte: G1

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