Oficineiros dos cinco Centros de Apoio Psicossocial (Caps) ligados à Secretaria Municipal de Maceió (SMS) expuseram as peças confeccionadas durante o curso de artesanato oferecido pelo Cenart, com duração de seis meses. A maioria da produção foi feita com material reciclável. A técnica é levada para as oficinas e desenvolvidas com realizadas com pacientes dos CAPS, como parte do trabalho terapêutico.
Durante os seis meses, o curso ministrado pela artesã Vânia Oliveira, do Cenart, que há seis anos desenvolve o ofício, reuniu artesãos das oficinas dos Caps, como também pessoas da capital e do interior do Estado interessadas pela arte. O curso aconteceu na sede do Cenart, com aulas nas terças-feiras pela manhã. O próximo, que ensinará outras técnicas, acontecerá no próximo ano, todas as segundas pela manhã.
Com papelão, jornal queimado, tecidos coloridos, livros antigos em braille (cedidos pela Escola de Cegos Ciro Acioly), Valmeire Barbosa, oficineira do Caps Noraci Pedrosa – que atende pessoas com transtornos psicológicos, autistas e esquizofrênicos – construiu dezenas de peças, entre vasos, caixas e baús. “É maravilhoso ver que com tão pouco conseguimos montar peças tão bonitas e atraentes ao público”, disse Valmeire.
Luminárias esculpidas com capricho em canos de PVC de diversos diâmetros atraem os olhos de todo o mundo. As máscaras feitas de papel, próprias de Carnaval ou para decoração de paredes, ganham sorrisos pelas mãos do oficineiro Alexsandro da Silva. “Nesses canos de PVC, consigo esculpir Nossa Senhora, São Jorge, quase tudo”, relata.
Durante todo o mês de dezembro, acontece a exposição desses artesãos no espaço do Memorial à República, em Jaraguá. Nos finais de semana, eles vão para os espaços de lazer na Praça do Centenário, no Farol, e para a orla das praias de Pajuçara e Ponta Verde.
