Vereadores de Joaquim Gomes acusados de corrupção depõem no MPE

Ascom MPE/ALOperação em Joaquim Gomes resultou na prisão de oito vereadores

Operação em Joaquim Gomes resultou na prisão de oito vereadores

Os oitos vereadores presos durante uma operação policial comandada pelo Ministério Público Estadual (MPE) prestam depoimento durante esta quinta-feira, 9, na sede do MPE, no Poço. Eles estão sendo ouvidos pelo promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça.

Os edis são acusados de receber propina do prefeito Antônio de Araújo Barros, o “Toinho Batista”, e devem responder o processo criminal em liberdade e pode ser afastados dos seus cargos na Câmara Municipal de Joaquim Gomes.

De acordo com o também promotor de Justiça Carlos Davi, três foram ouvidos e não contribuíram em nada com as investigações até o momento. “Mesmo assim as imagens falam por si só”, diz ao se referir aos vídeos que flagraram as irregularidades.

As imagens utilizadas como provas pelo MPE registram o momento em que o ex-secretário de Saúde da cidade, Ledson da Silva, oferecendo a propina – o ‘mensalinho’ – aos vereadores para apoiar as ações do governo.

A filmagem ocorreu em outubro de 2013 e o valor desviado não foi precisado pelo MPE. “Os valores mensais giram em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil”, destaca o promotor.

Os interrogatórios seguiram durante todo o dia de hoje. Ainda de acordo com o MPE, mais pessoas podem ser presas no processo. “Estamos só esperando colher mais elementos para sequenciar os procedimentos judiciais”, disse Carlos Davi.

No prédio dos MPE, familiares dos vereadores esperaram a conclusão dos depoimentos que ocorrem a portas fechadas. Durante os interrogatórios, quase todos os acusados permaneceram em silêncio e alegaram que só se manifestariam sobre o assunto em juízo.

Segundo a assessoria de comunicação do MP, a única informação dada pelos edis é de que não recebiam propina do Poder Executivo e que o dinheiro era relativo à outra situação, que não pôde ser divulgada pelo MP para não atrapalhar as investigações.

Além disso, parte dos vereadores, mesmo vendo o vídeo, não se reconheceu nas imagens. Apenas um vereador confessou que, em uma das gravações, é o prefeito Toinho Batista quem entrega o dinheiro. Mas, alegou que o dinheiro não era fruto de propina.

Ainda segundo o MP, os promotores do Gecoc e de Joaquim Gomes irão analisar o material colhido nas investigações até o momento para saber quais serão as medidas a serem tomadas a partir de agora.

Matéria atualizada às 17h33

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