O Brasil ganhou 200 novos “ultra ricos” no último ano. São agora 1.900 mil brasileiros com mais de US$ 50 milhões, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (14) pelo banco Credit Suisse.
Em todo o mundo, o levantamento “Global Wealth Report” estima que haja 128,2 mil indivíduos considerados muito ricos. Destes, 4,3 mil têm mais de US$ 500 milhões, e outros 45,2 mil têm mais de US$ 100 milhões.
Os Estados Unidos dominam o ranking dos “ultra ricos”, com 62,8 mil indivíduos classificados como tal, equivalente a 49% do total. Em um ano, houve uma alta de 9,5 mil pessoas nesse grupo – mais que o total de pessoas consideradas “ultra ricas” na China, que detém o segundo lugar no ranking, com 7,6 mil “ultra-ricos”.
Entre os países que mais ganharam pessoas nesse grupo, o Reino Unido aparece na segunda posição, passando de 1,3 mil para 4,7 mil, se consolidando no quarto lugar do ranking. A Alemanha é o terceiro lugar na lista dos países com mais “ultra-ricos”, com 5,5 mil pessoas nessa categoria.
Brasil
A média de riqueza das famílias no Brasil alcançou US$ 23,4 mil por adulto, segundo o levantamento, o triplo da registrada em 2000.
“Entretanto, o crescimento perdeu força nos últimos anos e ficou em média em 1% em moeda local de 2011 a 2014. Em dólares, a riqueza por adulto caiu 14% desde 2011”, aponta o relatório.
Como outros países da América Latina, o Brasil tem mais pessoas na faixa de riqueza entre US$ 10 mil a US$ 100 mil em relação ao resto do mundo.
“Isso pode dar uma impressão errada de que a desigualdade é menor que que a média. Na verdade, a desigualdade é relativamente alta, como mostra o índice de Gini de 82% e o fato de que o Brasil tem 225 mil milionários (indivíduos com mais de US$ 1 milhão) e 296 mil adultos entre o 1% mais rico da população mundial”, diz o texto.
A estimativa é que o número de milionários entre os brasileiros siga crescendo, segundo a pesquisa: em 2019, esse grupo deve ter 332 mil pessoas.