Alagoanos ignoram importância de Seguros

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Alagoanos ignoram importância de Seguros

Andar pelas ruas, proteger o lar e outros objetos pode ser difícil diante das alarmantes estatísticas de violência. Em Alagoas, estado que ostenta um dos piores índices sociais do país, estar seguro é, muitas vezes, contar com a sorte.

O ser humano sempre procurou condições de existência que ofereçam
estabilidade. Buscando se defender dos perigos à vida e intempéries climáticas, organizou grupos para segurança e sustento.

Outras formas de organização social começaram a existir, mas o sentimento de segurança continuou inerente ao cotidiano do homem. Com o advento da modernidade, garantir a manutenção do bem estar pessoal e dos bens adquiridos tornou-se um desafio dada as incertezas que circunscrevem a realidade.

Para amenizar as eventuais adversidades, as empresas de seguro oferecem serviços com o intuito de preservar e atenuar os efeitos que danos não previstos possam provocar. Mas, segundo a vendedora de seguros, Jullianny Mousinho: “A procura é maior pelo seguro de automóveis. As pessoas acham tudo muito caro e acreditam que nunca irão precisar dos outros tipos de seguro. E só vê como é bom depois que precisa”, explica a vendedora.

Em tempo de insegurança institucionalizada, os alagoanos ainda desconhecem a importância da caução do futuro. “O seguro é uma das coisas mais essenciais na vida e as pessoas não tem noção da necessidade de tê-lo”, reforça Jullianny.

Por uma questão cultural existe a idéia de que a necessidade de um seguro é supérflua. “A preocupação com as despesas imediatas, como a feira e pagamento da escola dos filhos, faz com que seja secundário no orçamento familiar a manutenção de um seguro”, diz a professora Nadja Ferreira, que desistiu de pagar seu seguro de vida e ao ter seu carro roubado não teve um seguro para cobrir a fatalidade.

Há mais de onze anos no mercado, a vendedora de seguro, Diva Marinho, constata que nos últimos dez anos houve uma maior procura pelo seguro de veículos. Para a vendedora o aumento ocorre pelos crescentes roubos: “As pessoas procuram seguro pelo sentimento de insegurança, medo da violência. Muitos não saem da loja de carro sem seguro. No geral, o medo maior é o assalto e a perda total do veículo em um sinistro”.

Segundo dados do Anuário de Indicadores do Detran-AL 2011/2012, Alagoas possuia 502.602 veículos e a capital Maceió tinha uma frota de 229.113 automóveis. A política de incentivo ao consumo do Governo Federal, nos últimos anos, alavancou a venda de carros no país. O reflexo desta política justifica o maior consumo de seguros automobilísticos no estado.

Em Maceió, seguro de carro tem uma demanda alta. Há vinte e um anos na profissão, o corretor de seguro, Ricardo Farias, vende, por mês, cinquenta contratos de seguros de carro para pessoa física e realiza mais de cem contratos para pessoa jurídica.

Para aumentar a procura e conscientizar clientes sobre a importância dos outros tipos de seguro, Ricardo declara: “Cabe o trabalho entre os profissionais e seus clientes para mostrar que coisas imprevisíveis podem acontecer com qualquer um. O profissional do seguro tem que mostrar que prevenir sai mais barato que remediar”. O vendedor também afirma que as pessoas ainda não têm o seguro como investimento para garantir o patrimônio, e deixa sobreaviso que os clientes têm que procurar profissionais habilitados, comprometidos com o trabalho sério, para efetuar um contrato.

Para impulsionar a venda e compra de seguros, as empresas têm apostado no crescimento do país e transformação do mercado, que começa a entender a importância de estar assegurado. Com a intenção de garantir mais contratos de outros tipos de seguros, como de vida e residencial, as incertezas do dia seguinte estão sempre na pauta no diálogo para conquistar os potenciais clientes.

Fonte: *Gabriela Palmeira- Colaboradora

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