Um cardápio diferenciado tomou conta da Esplanada dos Ministérios para afinar a silhueta de ministros, parlamentares e até mesmo da presidente Dilma Rousseff. Desde o fim do ano passado, o método criado pelo médico e psicanalista argentino Máximo Ravenna vem modificando a maneira de comer de poderosos. No prato, nada de arroz, pães ou açúcares, mesmo que integrais. A alimentação diária deve seguir à risca a limitação de 800 a 1,2 mil calorias para que os pacientes consigam perder de 5% a 7% do peso por mês, no caso de mulheres, e de 7% a 10% para homens.
O sacrifício permitiu a Dilma desfilar, na cerimônia de posse, 6kg mais magra apenas 10 dias depois de ter começado a seguir a restrição alimentar. A presidente aprendeu o segredo para perder peso com a ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, que já afinou 17kg adotando o método do argentino. Também já adaptaram o menu a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a ex-ministra do Planejamento Mirian Belchior e o ministro de Justiça, José Eduardo Cardozo, que já “enxugou” 5kg, mas ainda está distante da meta de 22kg a perder.
Baseado no tripé corte-medida-distância — que consiste no acompanhamento interdisciplinar com o apoio de médico, nutricionista, psicólogo e educador físico —, o tratamento também atraiu interessados no Congresso Nacional. Registrando 100kg na balança, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) decidiu voltar a seguir o método Ravenna. Na primeira vez que fez a dieta, perdeu 16kg em 30 dias. Porém, deixou de fazer a manutenção e recuperou o peso. O tratamento consiste em mostrar ao paciente uma nova relação com a comida e a importância da eliminação do peso com saúde.