Técnicos da Taurus deram início nesta quarta-feira (3) à inspeção nas metralhadoras utilizadas pela Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). A inspeção ocorreu após a morte da soldado Izabelle dos Santos Pereira, de 24 anos, após ser atingida por uma rajada dentro da viatura da Radiopatrulha no sábado (30), durante rondas no bairro São Jorge, em Maceió.
As metralhadoras foram adquiridas pelo Governo do Estado em 2012 e são utilizadas pelos militares em policiamento ostensivo. Os técnicos deverão avaliar todas as armas para determinar se há ou não falhas no equipamento. Os testes acontecem na sede da Cavalaria da Polícia Militar, em Chã da Jaqueira, e contam com a participação de policiais do Bope e da própria RP.
A Taurus enviou ao estado dois engenheiros de produção e um responsável pela assistência. A assessoria de comunicação da Polícia Militar de Alagoas disse que uma nota será emitida pela corporação ao final da avaliação.
Durante os testes, sete armas apresentaram defeitos individuais. Os equipamentos foram recolhidos e um relatório será emitido posteriormente. Militares explicaram que as falhas podem ser em decorrência de falta de manutenção ou colocação inadequada da munição.
Ao todo, a Polícia Militar de Alagoas adquiriu 50 metralhadoras G2 Taurus .40, a mesma do episódio envolvendo a militar. Ontem, em demonstração à imprensa, um instrutor da PM afirmou que o equipamento nunca apresentou falha. A arma utilizada pela militar foi encaminhada para perícia no Instituto de Criminalística.
Tanto o secretário de Defesa Social, Diógenes Tenório, quanto o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcus Pinheiro, descartaram o caráter intencional do evento e determinaram apuração para estabelecer se foi falha técnica ou erro humano.
A militar foi sepultada em clima de comoção na última segunda-feira, dia 1º. Izabelle Pereira estava no serviço burocrático e no dia do incidente tirava o serviço de uma amiga.
Nota da PM
O comando da Polícia Militar de Alagoas informa que a partir dos reexames das submetralhadoras modelo G2, calibre 40, realizado por policiais militares da corporação, ante a observação de três técnicos enviados pela empresa fabricante do armamento, no caso a Taurus, resultou na quantidade de oito armas que precisarão ser verificadas quanto ao seu funcionamento por estes técnicos, que poderão avaliar ao final, a real avaria apresentada.
Por fim, por medida de precaução, este comando determinou que o Centro de Suprimento e manutenção/Material Bélico, subordinado à Diretoria de Apoio Logístico da PM, mantenha todo o armamento em seu poder até o laudo final emitido pela empresa.