O PSB já começou a se mobilizar para preparar a defesa do ex-governador Eduardo Campos, apontado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, como um dos políticos envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro da empresa. Enquanto dirigentes do partido trabalham para levantar documentos referentes à construção da refinaria Abreu e Lima, Marina Silva, candidata à presidência, aproveita eventos de campanha para se manifestar sobre o caso. As informações são da Folha de S. Paulo.
"O fato de ter um empreendimento da Petrobras no Estado não dá o direito a quem quer que seja de incluir Campos na lista dos que cometeram qualquer irregularidade”, disse em Brumado, na Bahia, neste sábado. "Não queremos ver Eduardo morrer duas vezes", afirmou, em seguida, em Vitória da Conquista.
Beto Albuquerque, vice na chapa de Marina, completou o discurso da candidata alfinetando o governo do PT. "As bases do Planalto começam a tremer porque ele [Costa] está na Petrobras há mais de 12 anos. Se roubou, se ajudou os políticos a roubarem, o governo que está aí haverá de ser punido nas urnas", disse.
Nota oficial
Na noite de sábado, o PSB lançou uma nota oficial sobre o caso. Segundo o comunicado, assinado pelo presidente nacional Roberto Amaral, foi o próprio partido, então liderado por Campos, que defendeu “desde as primeiras denúncias” a instalação de uma CPI para investigar o caso.
“A reportagem de uma revista semanal registra, sem haver tido acesso ao conteúdo do depoimento [de Costa], uma referência solta do depoente a Eduardo Campos. Essa matéria, com pequenas variáveis, é reproduzida pelos demais veículos gráficos. Não há acusação digna de honesta consideração. Há, apenas, malícia”, diz.
“Morto, Eduardo não pode se defender. Mas seu Partido o fará, em todos os níveis, políticos e judiciais, no cível e no criminal, e para esse efeito já está requerendo acesso ao conteúdo integral do depoimento do administrador da corrupção na Petrobras (…). Não descansaremos enquanto a Petrobras não se livrar dos que, por dentro dela, roubam-na para assim alimentarem a má política. É a homenagem que devemos à memória de Eduardo”, finaliza.