As doações para José Roberto Arruda (PR) caíram 93% após o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) indeferir seu pedido de registro de candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF). Até agora, Arruda declarou que arrecadou R$ 3,494 milhões. Destes, apenas R$ 217 mil foram arrecadados após o dia 12 de agosto, quando Arruda teve seu pedido de candidatura negado pelo TRE-DF. A decisão do TRE-DF foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Líder nas pesquisas de intenções de voto no Distrito Federal, Arruda teve seu pedido de candidatura impugnado pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE). Na noite de 12 de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF, por 5 votos a 2, atendeu ao pedido da Procuradoria e indeferiu o registro de candidatura do ex-governador. Arruda foi impugnado com base na Lei da Ficha Limpa, após ele ter sua condenação pelo crime de improbidade administrativa confirmada pela 2ª Câmara Criminal do Distrito Federal.
O ex-governador foi acusado de envolvimento no mensalão do DEM, esquema de corrupção desarticulado pela Polícia Federal em 2009, durante a Operação Caixa de Pandora. Na época, o iG antecipou os principais momentos da operação e publicou com exclusividade um vídeo em que Arruda aparecia recebendo suposta propina de Durval Barbosa, então secretário de Relações Institucionais do governo de Brasília.
Após ter seu pedido de registro de candidatura negado, Arruda obteve apenas três doações. Duas delas do próprio Diretório Estadual do PR. As doações do PR vieram da Bradesco Capitalização S/A, no valor de R$ 200 mil e a outra da Toyo Setal Empreendimentos, no valor de R$ 15,2 mil. A outra doação a Arruda veio da Flexibase Indústria e Comércio de Móveis em duas parcelas. Uma no dia 14 de agosto, no valor de R$ 591 e outra de R$ 1.189 um dia depois. A última doação a Arruda, conforme a segunda prestação de contas do candidato, ocorreu no dia 22 de agosto, fruto do Diretório Estadual. Dez dias após o TRE indeferir seu registro.
Após a impugnação de sua candidatura, o próprio Arruda já admitia que teria mais dificuldade em obter financiamento para a sua campanha. A correligionários, ele afirmou que “é nessas horas em que os amigos vão aparecer”. Pela sua segunda prestação de contas, Arruda já acumula uma dívida de R$ 121,4 mil. Até agora, os gastos da campanha do candidato do PR chegam a R$ 3,616 milhões.
Até o momento, dos candidatos ao GDF, Agnelo Queiroz (PT) é quem lidera a arrecadação com R$ 6,2 milhões. Rodrigo Rollemberg (PSB) arrecadou R$ 2,4 milhões e o tucano Luiz Pittiman, 2,1 milhões. Toninho do Psol (Psol) conseguiu levantar apenas R$ 9,2 mil para a campanha e Perci Marrara (PCO), R$ 1,1 mil.