Pacientes renais transplantados comemoram resultados da cirurgia

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Uma equipe especializada em transplantes renais do Serviço de Nefrologia do Hospital do Açúcar realizou na última terça-feira (02), dois transplantes renais e acabou com a espera de mais de dez anos dos receptores, Carlos Henrique Lima da Silva, 49, que aguardava um órgão compatível há 12 anos e Ronaldo Tavares Martins, 33, que há 14 anos esperava pela doação. Ambos estavam inscritos na lista de transplantes desde o início do tratamento.

Consideradas exitosas pela equipe médica, as cirurgias só foram possíveis graças à doação dos órgãos de um doador cadáver que estava hospitalizado em outra Unidade, vítima de um acidente de moto que evoluiu para morte encefálica. Além dos rins aos pacientes do Hospital do Açúcar, o doador beneficiou mais três pessoas com a doação do coração e córneas.

Para Carlos Henrique Lima, que tentou inicialmente fazer o transplante com doador vivo, através de seus irmãos, mas sem sucesso, porque estes eram hipertensos e não podiam se candidatar à doação, o sucesso deste transplante dà novo significado a sua vida. “Foram 12 anos de espera. Agora vou ficar bem e começar uma nova vida. Estou renascendo”, declarou o receptor dois dias após a cirurgia.

A equipe médica que participou dos transplantes contou com dois cirurgiões urologistas, três nefrologistas, dois anestesiologistas, além de todo o apoio da equipe multidisciplinar do Açúcar. Segundo o médico Agenor Barros, integrante da equipe, após uma semana do transplantes, os pacientes reagem bem e estão estáveis, em fase de recuperação renal. “Não tem tempo determinado. As reações acontecem de acordo com o organismo de cada paciente".

Estimulo à doação de órgãos

Com mais esses transplantes realizados com sucesso, determinando o fim de um ciclo para dois pacientes do Hospital do Açúcar, a instituição reforça a importância da doação de órgãos para contribuir com a preservação da vida.

Segundo o médico Agenor Barros, apesar de ter intensificado o processo de doação, possibilitando a realização de um maior número de transplantes, ainda considera muito baixo, comparado ao número de inscritos na fila de espera. Atualmente, há mais de 500 pessoas inscritas no Estado, entre crianças, jovens e adultos.

Para o diretor-presidente do Hospital do Açúcar, Edgar Antunes Neto, é de fundamental importância que transplantes como esse continuem sendo realizados no Hospital, contribuindo com o fim da espera dos pacientes. “Espero que as pessoas se conscientizem e busquem, na doação de órgãos, promover benefícios ao próximo”, finalizou.

Legenda: Carlos Henrique Lima, que há 12 anos realizava tratamento de hemodiálise e estava na fila pelo transplante de rim.

Fonte: BCCOM

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