Os frutos da luta pela reforma agrária estarão à disposição da população de Maceió até o próximo sábado, 13, na Praça da Faculdade. Com aproximados 300 feirantes, a organização da tradicional Feira da Reforma Agrária estima que sejam escoados 600 toneladas de alimentos produzidos em acampamentos e assentamentos do Estado.
Pelo menos quatro edições são realizadas por ano por movimentos que lutam pela Reforma Agrária. A Comissão Pastoral da Terra (CPT) organiza duas feiras, em julho e outubro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em setembro, e o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), em dezembro.
Os dirigentes dos movimentos afirmam que as feiras é o meio para que o trabalhador rural dialogue com o trabalhador da cidade. Os produtos comercializados nas feiras são produzidos em acampamentos e assentamentos situados no Estado. Segundo Débora Marcolino, da direção do MST, todos são produzidos sem venenos e qualquer risco para a saúde das famílias dos trabalhadores.
São disponibilizados à população produtos cultivados como feijão, abóbora, laranja, limão, batata, macaxeira, inhame, tomate, cebola, além da tradicional farinha, mel e animais vivos para o abate, como galinhas e bodes.
Segundo Marcolino, no período noturno os trabalhadores confraternizam e se animam com o Festival da Cultura Popular. Os festejos têm início às 17h com atrações culturais como o grupo Caçuá (Penedo), grupos de Sergipe, o trio de forró Nó Cego, Afrísio Acácio e outros.