Trabalhadores em Educação de Maceió estiveram reunidos nesta quinta-feira, 11, para discutir o resultado da audiência pública entre a categoria e a Secretaria de Educação do município, mediada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Apesar de reconhecer alguns avanços, a categoria se mostrou insatisfeita com o posicionamento da Semed e chamou de retrocesso, a proposta aplicada.
De acordo com uma das diretoras do Sinteal, Célia Capistrano, anteriormente a proposta da Semed era de Ampliação de jornada – de 25 horas para 30 horas – para o magistério (Educação Infantil, 4º e 5º Anos e professores das salas de recursos), a partir de novembro/2014 – sendo esta garantia de mais 05 (cinco) horas na jornada dirigida na forma de projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores de Maceió. Além disso, propunha a ampliação de jornada – de 25 horas para 30 horas – para o magistério (1º, 2º e 3º Anos), a partir de maio.
Sem acordo, nova audiência de conciliação foi realizada e a Semed optou pela implantação – para todos os profissionais do magistério – no próximo mês de novembro/2014. No entanto, ao invés de aumentar a carga horária, pagará as horas de forma “suplementar”, como já acontece, hoje, no sistema empregado aos horistas.
“Os profissionais que aceitarem assumir essas horas não receberão proporcionalmente ao seu salário nem terão o novo valor incorporado aos vencimentos, o que significa que não leva isso para a aposentadoria”, explicou a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia. “É política de desvalorização, onde o que deveria ser uma exceção, uma solução temporária, vira regra”, critica ela.
A diretora sindical Célia Capistrano também discorda da proposta apresentada pela secretaria e ressalta que a melhoria do ensino público de Maceió passa pela valorização profissional. “Reconhecemos os avanços, mas também sabemos que é preciso cuidar para que o ensino melhore ainda mais e isso passa pela valorização da classe trabalhadora”, disse ao lembrar que os números positivos do IDEB são resultado do bom trabalho dos professores do município.
Apesar de ter aceito a proposta, a categoria voltará a protestar no dia 24 de setembro quando ficará acampada na porta da Semed, no bairro da Cambona. A ideia, segundo os sindicalistas, é mostrar a insatisfação da categoria.