Novo Edge 2015 deve mudar mercado brasileiro

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Mais um capítulo do projeto One Ford, o novo Edge foi apresentado simultaneamente nos Estados Unidos e na Europa. O crossover começará a ser vendido na América do Norte no início de 2015 e deve chegar ao Brasil no final do ano que vem, ao mesmo tempo que a Europa e a Ásia.

A estratégia global tem uma razão muito simples: o mercado de SUVs é o que mais cresce em todo mundo. Só a Ford diz ter vendido 38% a mais desse tipo de veículo em 2013, comparado a 2012. Por isso o Edge ocupará um lugar de honra no portfólio da empresa, que começa no EcoSport, passa pelo Kuga (Escape) e chega até os gigantes Explorer e Expedition. O Edge ficará justamente entre o Kuga e o Explorer.

Mas o mais importante é que será vendido em quase todos os mercados onde a Ford atua, sobretudo a Europa, onde sua presença nesse segmento é modesta. Por isso o novo Edge herda um parentesco importante – ele usa a mesma base mecânica do Fusion, que agora é também o ‘europeu’ Mondeo.

A nova plataforma deixou o Edge mais prazeroso de dirigir, segundo a Ford. O modelo é mais silencioso, estável, ágil e potente que o antecessor. Tudo motivado por uma série de melhorias técnicas que incluem direção elétrica adaptativa, motores EcoBoost e transmissão automática de seis velocidades com borboletas atrás do volante.

Novo motor 2.7 EcoBoost
A Ford investiu em novidades no novo Edge. Agora o crossover usa um motor 2.0 EcoBoost (com turbo e injeção direta) na versão Titanium, além de manter um V6 3.5 litros no mercado americano. Mas também estreia o inédito EcoBoost de 2.7 litros com mais de 300 cv de potência. O motor é exclusivo da versão Sport, a mais cara da linha.

A direção adaptativa, embora não seja novidade no mercado, é um recurso interessante para tornar a condução do Edge mais fácil. Ela muda o raio de giro, dependendo da situação, o que facilita na hora de estacionar ou manobrar, e o reduz em alta velocidade, para deixar a direção mais precisa.

A transmissão automática de seis velocidades é uma boa notícia já que a Ford ainda não possui um sistema de dupla embreagem à altura dos rivais. E é um alívio saber que a marca decidiu, enfim, instalar paddle-shifts no volante no lugar do sistema de acionamento pelo polegar na manopla de câmbio, que de esportivo não tem nada.

O novo Edge também estará recheado de recursos de segurança e auxílio a direção que estão virando padrão nesse segmento: aviso de mudança de faixa, Auto Start-Stop, piloto automátivo adaptativo, alerta de tráfego cruzado, entre outros. Segundo a Ford, o Park Assist está mais preciso, o que é não é surpresa – o sistema atual é muito ruim.

Estilo convencional
O visual do novo Edge não chega a surpreender. Ele havia vazado numa apresentação há algum tempo e é praticamente o mesmo do conceito, revelado recentemente. As linhas estão mais convencionais que as do modelo anterior, com traços retos e sem grandes ousadias. O interior lembra bastante o Fusion, não por acaso. O Edge continuará a ser produzido no Canadá, numa fábrica próxima a Toronto.

Carreira sólida
Apesar do preço entre R$ 130 mil e R$ 160 mil, o Edge atual vende bem no Brasil, mesmo com inúmeros concorrentes. Isso só mudou quando a geração ganhou um grande face-lift e passou a contar com vários itens tecnológicos. Este ano, por exemplo, foram emplacados pouco mais de mil unidades até maio, uma média de 200 carros por mês. A tendência é que a Ford passe a importar a versão 2.0 EcoBoost para o Brasil, em vez da 3.5 V6, que paga mais impostos. Quem sabe isso deixe o Edge mais acessível por aqui. É o que se espera de um carro global, afinal.

Fonte: iG

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