O Comitê de Ética da Fifa divulgou nesta nesta quinta-feira que os dirigentes de federações internacionais que receberam de presente um relógio de luxo da CBF na chegada à Copa do Mundo de 2014 no Brasil precisam devolvê-lo até o dia 24 de outubro sem sofrerem punições da entidade. A CBF não será punida.
A notícia sobre o agrado dado pela CBF aos visitantes foi publicada no último domingo pelos jornais "Welt am Sonntag", da Alemanha, e "Sunday Times", da Inglaterra. Alguns dos agraciados não gostaram por julgarem que aceitar o presente, estimado em mais de R$ 20 mil pela CBF, poderia configurar em desvio de ética. Na palavra de um deles, responsável pela denúncia ao Comitê de Ética da Fifa, a CBF tentou "comprar" a simpatia dos dirigentes.
A entidade informou à Fifa que eles teriam custado US$ 8,75 mil (cerca de R$ 20,5 mil), mas a investigação do Comitê de Ética da Fifa apontou que cada relógio é avaliado em R$ 62,5 mil. No comunicado divulgado à imprensa, a Fifa diz que o Comitê de Ética proíbe que os membros da entidade distribuam presentes deste tipo.
"Dirigentes de futebol não podem aceitar presentes que tenham mais do que um ‘valor simbólico. A CBF não deveria ter oferecido os relógios", disse a Fifa, que não definiu nenhuma punição à CBF pela infração ao seu código de ética. A Fifa informou ainda que os relógios devolvidos serão doados, em parceria com a CBF, a uma ONG que realize trabalhos sociais no Brasil.