Bancários recusaram nesta sexta-feira (19) proposta de reajuste salarial de 7% apresentada pelos bancos e acenaram com possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 30.
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), afirmou, em comunicado à imprensa, que a oferta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional de Bancos) é "insuficiente" e que aprovou calendário de mobilização com assembleias de trabalhadores marcadas para os dias 25 e 29 para decidir sobre a greve no País.
Segundo a entidade, o índice de 7% representa um reajuste real de 0,61%. A reivindicação dos bancários é aumento de 12,5%.
Por outro lado, a Fenaban afirmou que "a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo”, segundo comentário do diretor de relações do trabalho da entidade, Magnus Ribas Apostólico, em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias no ano passado, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época levou a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.