Pé na bunda: Descubra como o seu cérebro trabalha depois da surpresa que ninguém quer ter

DivulgaçãoA mesma região do cérebro é ativada quando vemos a foto da ex ou sofremos uma dor física

A mesma região do cérebro é ativada quando vemos a foto da ex ou sofremos uma dor física

Você está no meio da discussão do fim do seu namoro e se sente uma pessoa diferente. Mais tarde, você se flagra um tempão ansiando pela presença da sua ex, checando constantemente as atualizações do seu Facebook (e se perguntando o que deu errado). Essa mudança nos padrões de pensamento e comportamento podem ser causados por mudanças neurais que ocorrem após o término.

Inesperado ou indesejado, o fim da relação pode gerar uma angústia considerável sobre a sua mente. Não é à toa que muitos dizem sentir como se tivessem levado um soco no estômago ou sido nocauteados de surpresa. Mas é comum se sentir rejeitado ou colocar tudo o que você soube até aqui em dúvida — principalmente quando não conseguimos nos libertar, mesmo querendo. Sim, amigos e família podem até pressionar a pessoa a simplesmente superar e seguir em frente, porém pesquisas cerebrais sugerem que isso pode ser bastante difícil de fazer, pelo menos nos primeiros meses.

1) Dor física
Segundo Edward Smith, neurocientista da Universidade de Colúmbia, mesmo depois de seis meses após o fim do relacionamento, as pessoas ainda sentem dor só de olhar a foto da ex. Sua equipe de cientistas descobriu recentemente através de um estudo que a mesma região do cérebro entra em atividade tanto quando vemos a imagem da antiga amante quanto ao sofrer dor física. E a dor é quase sempre um sinal de que algo não está bem. No reino animal, as chances de evitar predadores são bem maiores quando se está em grupo do que sozinho, portanto a rejeição social pode ter sido uma ameaça real para a sobrevivência de nossos ancestrais.

2) Ideias obsessivas e súplica
Ficar ruminando sem parar sobre a ex, como ela está se sentindo, se também sente falta da relação que vocês tinham…e por aí vai! Tudo isso pode ser “ativado”no cérebro por lugares que vocês costumavam ir juntos, ou pessoas com quem saíam no final de semana. Neste sentido, encarar o fim é como lidar com um trauma: existem ciclos de dor emocional e distração, ou uma intensa enxurrada de sentimentos ou pensamentos obsessivos. Enquanto os homens preferem se distrair para evitar sentimentos, as mulheres tendem a ficar obcecadas e ruminar.

3) Abstinência
De acordo com Lucy Brown, PhD e professora do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina Albert Einstein, relembrar ex-namoradas mexe com áreas do cérebro associadas com a recompensa e a motivação, especificamente, com a liberação de dopamina — o que também acontece no vício em drogas. Por causa disso, as pessoas podem sentir desejo por seu ex-parceiro de forma semelhante à maneira como os viciados anseiam por uma substância em período de abstinência. Isto pode levar a uma aflição intensa e fisiológica, levando à ausência de apetite e desconforto psicológico.

4) Esperança e flexibilidade
Não espere que você seja capaz de simplesmente “superar e seguir em frente” no ato. Dê um tempo para seus sentimentos nas primeiras semanas. Distração e atividades de autocuidado também podem ajudar. Segundo Melanie Greenberg, PhD em psicologia, a teoria do condicionamento sugere que lugares, pessoas ou atividades associadas com a ex provavelmente vão desencadear aflições: “evite estes lugares enquanto estiver desenvolvendo novas rotinas”.

Fonte: Área H

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