Vacinação contra HPV tem seguimento em escolas e unidades de saúde

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Disponibilizada nas unidades de saúde do município e nas escolas públicas e privadas da capital, a segunda dose da vacina contra o Papilomavirus Humano (HPV) continua a ser aplicada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa de Imunização (PNI) de Maceió, sem qualquer registro de reações adversas. A campanha segue nas escolas até o dia 03 de outubro.

A vacina foi criada para garantir a meninas de 11 a 13 anos de idade a proteção necessária contra o câncer de colo de útero e passou a fazer parte do calendário básico de imunizações em março deste ano. Na primeira etapa, a campanha atingiu um percentual de 90,29% da população nessa faixa etária, dando início ao ciclo de imunização contra a doença, que se encerra, para as meninas vacinadas em 2014, daqui há 5 anos, quando será aplicada a terceira e última dose.

“É importante ressaltar que a imunidade contra o HPV, vírus causador do câncer de colo de útero, só estará garantida com a aplicação das 3 doses. Lembramos também que as meninas de 11 a 13 anos devem receber ao menos a primeira dose da vacina até dezembro pois, em 2015, a faixa etária para iniciar a imunização contra o HPV será de 9 a 11 anos”, frisa a coordenadora do PNI no município, Eunice Raquel, destacando ainda a necessidade de comprovação da aplicação das doses, com a apresentação do cartão de vacinação.

Para atingir a cobertura necessária na imunização contra o HPV, o Ministério da Saúde (MS) lançou mão da estratégia de vacinação em ambiente escolar. Esse ambiente de convívio próximo entre as alunas, no entanto, pode ter favorecido a ocorrência de distúrbios psicogênicos – evento que ocorre em crianças e adolescentes sob forte estresse físico ou emocional – provocados pela ansiedade em relação à aplicação da vacina, que é injetável, resultando nas situações de reações adversas registrados em São Paulo após a aplicação da vacina, porém, sem alterações neurológicas ou sequelas que caracterizem a vacina como um risco à saúde.

Buscando eliminar o temor despertado com esse evento isolado – ocorrido numa única escola do país e que colocou em xeque a aplicação de mais de 4,4 milhões de doses em meninas, entre 11 e 13 anos, na primeira etapa da campanha – o Ministério da Saúde tem procurado reforçar que a vacina HPV é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenção do câncer do colo do útero – terceiro tipo mais frequente na população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Quadrivalente, a vacina confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais. Até o final deste ano, as estimativas apontam para a ocorrência de 15 mil novos casos de câncer de colo de útero e cerca de 4,8 mil óbitos por essa causa.

A vacina, incluída no calendário de imunização do sistema público de saúde, se soma ao estímulo à realização do exame de Papanicolau – para mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos de idade – e ao uso do preservativo nas relações sexuais, como estratégias para reduzir a incidência desse tipo de câncer no país.

Segurança
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e enfatizada pelas As Sociedades Brasileiras de: Imunizações (SBIm), Infectologia (SBI) e Pediatria (SBP), a Sociedade Latinoamericana de Infectologia Pediátrica (SLIPE) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Fonte: Ascom/SMS

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