Após nova superlotação a Central de Flagrantes voltou a suspender as atividades de confecção de flagrantes na manhã desta terça-feira (23). A unidade que sofre com a falta de estrutura física está com 28 presos, pelo menos quatro a mais que a capacidade.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Sidney Pereira, não há como abrigar mais nenhum preso nas carceragens da unidade que possuem três xadrezes. “Novamente não temos condições de colocar mais ninguém, a permanência dos presos aqui ainda é muito longa e não há condições humanas para botar mais gente”, diz o diretor.
De acordo com Sidney, o impasse sobre a permanência dos presos é acentuada por outros órgãos como o Instituto Médico Legal (IML) que se limita a realizar exames de corpo de delito somente no período vespertino. “Então se chegar uma viatura agora não temos como fazer nenhum procedimento. Tá no limite e não vamos permitir mais gente”, destaca.
Denúncias sobre as condições desumanas já foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual em outra oportunidade pelo próprio sindicato.
Sem higiene
Ainda na noite dessa segunda-feira (22), agentes de polícia chegaram a reclamar da falta de papel higiênico e materiais de limpeza. A Central de Flagrantes funciona 24 horas por dia com uma rotatividade alta de delegados plantonistas e agentes.