Dois homens foram capturados por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apontados como autores de um homicídio praticado no último dia 18 de agosto, no bairro Autran Nunes, na Área Integrada de Segurança (AIS) 2, em Fortaleza. Segundo as investigações da DHPP, a vítima foi morta próxima a uma praça a mando de um traficante de drogas que lhe devia mil reais da venda de um imóvel.
O diretor da DHPP, delegado Ricardo Romagnoli, apresentou as prisões e deu detalhes sobre as investigações do caso, na tarde de ontem, na sede da Divisão, no bairro de Fátima.
"Foram presos Jadielson da Silva Santos, conhecido como "Alagoano’, de 37 anos e Elilton Bruno Silva dos Santos, conhecido como ‘Bruno’, de 23 anos. Eles são conhecidos por envolvimento em crimes na região dos bairros Autran Nunes, Genibaú, Bom Jardim e adjacências. Os dois têm ligação com uma quadrilha que atua no tráfico de drogas", explicou o delegado, frisando que ‘Alagoano’ é natural de Maceió e ‘Bruno’ é cearense.
Acerto de contas
O crime que resultou na prisão dos dois homens foi o assassinato de Edson França de Sousa, por volta da 0h de 18 de agosto. O homicídio aconteceu na Rua Coritiba, no Autran Nunes. Na ocasião, Edson estava em uma seresta, quando foi executado a tiros por dois homens que trafegavam em uma moto.
Segundo Romagnoli, a vítima teria realizado a venda de um imóvel para um traficante que era membro do mesmo grupo criminoso de ‘Alagoano’. O comprador pagou uma certa quantia mas, de acordo com as investigações, teria deixado de pagar mil reais na negociação.
"Edson passou a cobrar o traficante, exigindo o pagamento da dívida. Na noite do homicídio, ele ligou para o devedor, que perguntou o local onde Edson estava, para efetuar o pagamento. Entretanto, enviou os dois homens, que executaram a vítima no local", disse Romagnoli.
Segundo as investigações, a seresta acontecia próximo a uma praça. Duas motocicletas se aproximaram, ficando uma um pouco distante, enquanto a outra, se dirigiu a Edson. O garupeiro da motocicleta então disparou vários tiros contra a vítima, que tombou sem vida.
Outra versão
O delegado Ricardo Romagnoli alertou, ainda, que a vítima nutria uma desavença com ‘Alagoano’ e outros membros da quadrilha. Isto também poderia ter sido usado como justificativa pelo bando para a execução. "Uma discussão teria ocorrido entre ‘Alagoano’ e Edson, há algum tempo, e os dois eram desafetos. Além dele, outros membros do grupo também teriam tido problemas com Edson", afirmou o diretor da DHPP.
Jadielson da Silva, o ‘Alagoano’, já responde por um homicídio, porte ilegal de arma de fogo e roubo. Além disso, é investigado por outros crimes cometidos na região em que vive. Bruno, por sua vez, não registra antecedentes criminais.
A Divisão de Homicídios, por meio de seu diretor, pediu a colaboração da população na identificação da dupla no cometimento de outros crimes. "Vale salientar que há investigações em torno da atuação de ‘Alagoano’ e ‘Bruno’. Temos alguns homicídios ocorridos na AIS 2 que podem ter sido executados por algum deles. Outros integrantes da quadrilha também estão sendo investigados. Contamos com o apoio dos populares para, em caso de reconhecimento, entrar em contato com a DHPP".