Uma pesquisa realizada pela empresa de segurança Symantec apontou que nove em cada 10 smartphones perdidos no País têm seus dados violados pela pessoa que encontrou o aparelho. Para realizar a pesquisa, a Symantec "perdeu" 30 dispositivos em três capitais brasileiras. Os aparelhos abandonados em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram modificados para que a companhia pudesse monitorar remotamente tudo o que pessoas fizessem com os aparelhos.
O experimento revelou que 90% dos smartphones perdidos tiveram dados pessoais e profissionais acessados por quem os encontrou. Em apenas 27% dos casos, houve a tentativa de devolução do celular, o que não implica na ausência do acesso prévio aos dados ou outras funções indevidamente.
A pesquisa mostrou ainda que 83% dos dispositivos foram acessados para obter informações pessoais e usar aplicativos particulares. Para informações empresariais e aplicativos de trabalho este número cai para 53%. Em média, uma vez perdido, o telefone levou cerca de três horas antes de ser acessado pela primeira vez. Cerca de 50% dos equipamentos levou uma hora antes de ter o primeiro acesso.
Entre os dados mais acessados se destacam que 70% dos aparelhos apresentaram acesso a fotos particulares e 47% em redes sociais e senhas. Além disso, 40% deles registraram tentativa de acesso a serviços bancários, outros 37% em planilha de salários e 30% em e-mails corporativos.
Esta é a primeira vez que a pesquisa é realizada no Brasil. Nos Estados Unidos, o estudo revelou que metade das pessoas que encontraram os aparelhos tentaram contato para devolvê-lo e 96% deles tiveram dados violados.