Robinho
Apesar de estar a 30 pontos do líder Juventus no Campeonato Italiano, o Milan esperava mais na noite deste domingo. Principalmente do seu torcedor nas arquibancadas do San Siro. O regresso de Clarence Seedorf não motivou o fãs a saírem de casa. Apenas 30 mil pessoas assistiram ao retorno do holandês ao mítico estádio. Números bem diferentes dos 80 mil que costumavam contemplar o ex-jogador do Botafogo nos tempos em que brilhava com a camisa 10 do time rossonero.
O frio, a classificação e as dúvidas em relação ao novo técnico não motivaram os torcedores. Ainda assim, o ex-jogador foi ovacionado duas vezes durante a vitória por 1 a 0 sobre o Verona. Primeiro durante o anúncio do time escalado e do novo staff técnico do Milan, quando Seedorf recebeu aplausos contidos.
Em seguida, aos oito minutos do primeiro tempo, a torcida cantou o nome de Seedorf, que escutou e, sem desviar o olhar do jogo, agradeceu o gesto levantando a mão na direção da Curva Sul do San Siro.
E o novo técnico nunca desviou o olhar do campo. Observou atentamente ao lado do auxiliar Mauro Tassoti, com quem conversou várias vezes durante a partida. De pé durante grande parte dos 90 minutos, o holandês esteve muito ativo e aplaudiu os seus jogadores a cada chance de gol perdida pelo time, sobretudo aquelas de Mario Balotelli
O atacante italiano, por sinal, desperdiçou duas chances claras, mas balançou a rede em cobrança de pênalti e garantiu os três primeiros pontos de Seedorf como treinador.
Quem também recebeu um carinho especial foi Robinho. Aplaudido a cada bom lance pelo novo chefe. Com Allegri, o atacante brasileiro raramente era titular. Quando estava entre os 11, era sempre um dos primeiros a ser substituído.
Com o holandês, o ex-santista ganhou uma nova oportunidade, disputou 77 minutos, contribuiu para a boa movimentação da bola em campo, chutou duas vezes para gol e, aos 22 minutos do segundo tempo, acertou um chute que parou na trave do Verona. O lance foi uma das melhores ocasiões do Milan e provocou a primeira reação emotiva de Seedorf no banco. O comandante elevou as mãos à cabeça num gesto de desespero.
