O prefeito Rui Palmeira (PSDB) deu o ‘tom’ da negociação com as empresas de ônibus da capital que pleiteiam na Justiça o reajuste da tarifa dos atuais R$ 2,30 para R$ 2,85. Palmeira reagiu à nota emitida pela Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal) que afirma que algumas empresas correm o risco de fechar as portas caso a justiça não conceda reajuste. Uma audiência será realizada nesta segunda (3).
O chefe do Executivo municipal foi taxativo ao afirmar que o município está aberto ao diálogo com os empresários, mas afirmou que a prefeitura possui estudo técnico que atesta a viabilidade da tarifa no patamar de R$ 2,30, além o aumento do valor de outorga. Palmeira destacou, ainda, que os empresários concederam isenção de tributos a si mesmos quando deixaram da pagar o ISS (Impostos sobre Serviços) e Fundo de Transporte Urbano (FTU).
“Vamos buscar os mecanismos legais para barrar este aumento. Há muita especulação sobre o assunto, mas não podemos deixar a população andar em ônibus velhos, que quebram a todo momento. Se as empresas locais tiverem condições de participar da licitação, que participem, mas a população não pode ser penalizada”, decretou Palmeira.
O prefeito foi ainda mais enfático ao afirmar que a prefeitura não pode ser responsabilizada pela possibilidade de quebra de algumas empresas. “O município não pode ser culpado pela má gestão, falta de habilidade ou competência dos diretores das empresas. Esse ônus não cabe à prefeitura”, finalizou.
Palmeira participa na manhã desta segunda (3) da vistoria das obras de recapeamento das ruas Félix Bandeira e Rua da Palma, na Ponta Grossa. Rui fez questão de destacar que as obras estão sendo realizadas graças aos recursos obtidos por meio do IPTU pago pelo cidadão maceioense.
Questionado sobre outras áreas crítica da região, como a Avenida Senador Rui Palmeira, o prefeito disse que toda a equipe técnica da Secretaria de Infraestrutura analisa o que pode ser feito no local, uma vez que envolve o assoreamento da lagoa além do descarte irregular de lixo urbano. “Enquanto a população não entender que está trabalhando contra si quando joga lixo nos canais, o trabalho do município será dificultado”, defendeu Rui Palmeira.