Vinhos frescos para tomar no verão

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Quando se pensa em sol, calor e sede, a cerveja é geralmente o que vem primeiro à cabeça. Apesar de o brasileiro não ter o hábito de tomar vinho em épocas de temperaturas mais elevadas, a bebida é, sim, uma excelente opção para quem quer se refrescar nos dias mais quentes. “É algo cultural no Brasil eliminar o vinho em um churrasco ou em um evento de verão. Mas o fato é que a escolha correta proporciona tanta frescura quanto a cerveja”, defende o consultor de vinhos e professor da escola Eno Cultural Paulo Brammer.

No Brasil, a opção mais famosa no calor é, sem dúvida, o espumante, cujas bolhas dão a sensação de refrescância. “Além de ser superversátil: pode ser servido como aperitivo ou na harmonização de pratos”, afirma Brammer, que sugere tomá-lo na areia ou à beira da piscina, acompanhado de frutos do mar, como camarão ou lula. “A perlage do espumante corta a oleosidade destes petiscos de praia. É uma ótima alternativa”, orienta o profissional.
A enófila Luiza Martini, consultora da Casa do Vinho Famiglia Martini (MG), também aposta no espumante como o grande coringa em dias de calor, porém ressalta que a bebida deve ser servida bem gelada. “A pessoa pode colocar a garrafa na geladeira de casa até que chegue a uns 10 graus. Depois, deixa dar uma última baixada de temperatura em um balde com água e gelo, já na mesa”, aconselha a especialista.

E em clima quente, os rosés são ainda mais bacanas, embora sejam pouco consumidos no Brasil. Uma dica para comprar um bom rótulo é adquirir os produtos mais jovens, ao contrário do que acontece na maioria das outras variedades. “Genericamente falando, os rosés foram feitos para consumo imediato, não para serem guardados”, garante o professor.

Outro ponto importante a observar na compra de um rosé é a região de procedência. Se for de Provence, no sudeste da França, pode comprar sem medo. Brammer explica que os rótulos que vem deste ponto do território francês são bastante pálidos, na cor salmão bem leve, com sabor delicado e mais acidez, o que os tornam ainda mais refrescantes.
O ideal é servi-los em torno de 7 graus. “Sempre digo que, com o calor, podemos ter na taça um vinho com uma temperatura mais baixa. Mas deve-se tomar cuidado, pois se estiver extremamente gelado pode perder em aromas e no paladar”, informa a sommelier Giuliana Ferreira.

Dentro da lista dos vinhos refrescantes também não pode faltar o branco, excelente no acompanhamento de peixes, frutos do mar, carnes brancas e queijos mais cremosos. Neste caso, a enófila Luiza Martini aconselha os rótulos franceses, que são mais elaborados, como os riesling. “São muito frescos, leves de beber e com preço acessível”, diz a consultora.

Outra dica com relação aos brancos é evitar os mais amadeirados ou que foram muito envelhecidos, porque geralmente são mais encorpados, o que não é indicado no calor. "Para as temperaturas mais altas, prefira um branco feito da uva sauvignon blanc", recomenda Brammer.

E tinto, pode?
Não é porque é verão que os vinhos tintos precisam ficar de fora. Geralmente associados ao inverno, há boas opções para se tomar em dias quentes, desde que estejam frescos, quase gelados, a uma temperatura de cerca de 12 graus. Alguns exemplos? Os feitos com a uva cabernet franc ou pinot noir. “Só tente evitar os tintos com mais tanino, ou seja, de estrutura adstringente que causa mais secura na boca”, aconselha Brammer. Outra sugestão é comprar tintos de regiões mais frias e também rótulos com mais acidez que, assim como o limão, ajuda a aliviar o calor.

Fonte: IG

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