Flávio Moreno, vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Polícia Federal de Alagoas
O Sindicato dos Agentes de Polícia Federal deu início nesta terça-feira, dia 11, a uma paralisação de 72 horas em todo o país. A mobilização pretende pressionar o Senado Federal pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51, que prevê carreira única na polícia.
Em Alagoas, o efetivo de agentes e escrivães é de 120 profissionais. Apesar do número reduzido, a principal reivindicação da categoria não é o número de profissionais e sim a burocracia que cerca o exercício da profissão. Segundo Flávio Moreno, vice-presidente do sindicato, desde 2010 houve uma redução de 66% no número de indiciamentos em Alagoas. Este fato se dá, sobretudo, segundo a avaliação do sindicalista, devido à burocracia que leva o inquérito a ser concluído em até três anos.
O sindicato informa, ainda, que em 2010 foram formalizados 42 indiciamentos pela Polícia Federal em Alagoas e que este número caiu para apenas 14 em 2013, mesmo não havendo redução nos índices de criminalidade.
Segundo Moreno, a estrutura da Polícia Federal remonta à época do Império. “A estrutura da polícia de hoje é a mesma de 1841, devido à Lei 261”. Ainda segundo o sindicalista, é preciso ter uma polícia com ‘padrão Fifa’ e lembrou que caso a PEC 51 não seja aprovada, a Copa de 2014 será realizada sem o efetivo da Polícia Federal.
Questionado sobre a parceria da PF com o Exército brasileiro no esquema de segurança para a mundial da Fifa, Flávio Moreno avaliou que a falta de efetivo da PF em todo o país vem gerando distorções. “Muitas funções estão sendo desviadas para outras forças”.
A mobilização dos agentes não afeta os serviços na sede da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, uma vez que delegados o serviço administrativo não aderiu à paralisação. 30% da categoria se mantém em atividade, conforme determina a legislação.
Crédito: Alagoas24horas
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Crédito: Alagoas24horas / Arquivo
