Moradores de favela protestam contra demolição de barracos

Izabelle Targino/ AL24hMoradores de favela protestam contra demolição de barracos

Moradores de favela protestam contra demolição de barracos

Um grupo e moradores da Favela Sururu de Capote bloqueou, na tarde desta quinta-feira, 27, os dois sentidos da Avenida Senador Rui Palmeira, no bairro do Vergel. O grupo atou fogo a galhos de árvores e pneus e informou aos policiais do 1º Batalhão que só iria liberar o tráfego quando a imprensa chegasse.

Uma das líderes do movimento, Vanessa Gilberlândia da Silva, disse que os moradores da Favela Sururu de Capote estão vivendo novo drama. Quem não conseguiu se cadastrar para receber uma casa, em um dos conjuntos novos, localizados no Benedito Bentes, poderá ficar na rua.

Isso porque uma mulher, que se apresentou como responsável pelo cadastro das famílias, supostamente ligada a Secretaria de Habitação, informou que todos os barracos serão demolidos assim que os moradores cadastrados forem transferidos. “Ela disse que quem não tiver cadastro procure um cantinho porque o trator vai passar por cima dos barracos”, disse desesperada.

Assim como Vanessa, outras pessoas não têm para onde ir. Eles reclamam que a prioridade do cadastro foi para moradores das favelas da Torre e Muvuca, os demais e casos isolados foram excluídos. Homens e mulheres que vivem sozinhos não conseguiram realizar cadastro, nem tampouco pessoas que moram há pouco tempo.

Houve também o caso de Jaqueline da Silva Santos, que vive na quadra F, nº 45. Ela chegou a ser cadastrada, mas como não teve condições de apresentar os documentos necessários poderá perder a casa. O grupo não soube informar o nome do conjunto para onde vão os moradores cadastrados.

Em contrapartida, algumas famílias contempladas estão reclamando da distância que terão de percorrer para trabalhar. Muitos são catadores de sururu e terão que descer todos os dias para exercer suas atividades.

O Alagoas24horas entrou em contato com a Secretaria de Comunicação de Maceió para saber se houve algum tipo de cadastro pelo município e a assessoria garantiu que "Não existe nenhuma servidora da Habitação com o nome de Fátima. E a remoção das famílias da Favela Sururu de Capote está sendo capitaneada pelo Estado".

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