“Quando a comunidade não abraça a escola, esses fatos se tornam comuns”, a avaliação é da coordenadora da Escola Estadual Professora Maria das Graças de Sá Teixeira, que preferiu não ter a identidade divulgada temendo represálias. A escola foi parcialmente destruída, supostamente por vândalos, residentes na Grota das Piabas, que fica por trás da unidade de ensino, localizada no bairro do Feitosa.
Nesta terça-feira, dia 1º, quando o ano letivo deveria ter início, os alunos foram impedidos de entrar na unidade porque várias salas e banheiros foram destruídos por vândalos. A ação teria ocorrido durante o período de férias, à revelia da presença dos três vigilantes de uma empresa de segurança que atuam na escola.
Foram destruídos os banheiros da escola, fezes foram encontradas nos reservatórios de água, além da destruição da rede de água, inviabilizando a retomada das aulas. Segundo os representantes da escola, que atende 1.200 alunos nos três turnos, as invasões e ameaças são recorrentes desde 2012. A Secretaria de Estado já teria tentado construir um muro, que foi destruído pelos vândalos.
Há, ainda, ameaças constantes aos alunos e aos 80 profissionais (entre professores, monitores e administrativo). Uma reunião com o secretário de Defesa Social, Eduardo Tavares, estava marcada para a última semana, mas foi adiada pela Seds. Homens do Batalhão Escolar realizam rondas no entorno da escola, mas não é suficiente para garantir a segurança.
A unidade de ensino, apontada como modelo, possui 14 salas de aulas, e sua quadra de esportes há tempos virou ponto de consumo e tráfico de entorpecentes. A vulnerabilidade física, associada à falta de “identificação” com a comunidade torna a situação ainda mais caótica.
De acordo com a coordenadora, técnicos da Secretaria Estadual de Educação foram acionados para fazer um levantamento dos danos. Não há previsão para o início das aulas.