PF encontrou quase 500 arquivos de pornografia com acusado alagoano

Amanda Dantas/Alagoas24horasDelegado Políbio Brandãi repassa detalhes da operação contra pornografia infantil

Delegado Políbio Brandãi repassa detalhes da operação contra pornografia infantil

Durante coletiva concedida à imprensa na manhã desta quinta-feira, 3, o delegado federal Políbio Brandão confirmou a conclusão e o envio à Justiça do inquérito da Operação Glasnost que resultou, em Alagoas, na prisão de uma pessoa acusada de armazenar e disponibilizar pornografia infantil e abuso sexual contra menores.

Por correr em segredo de justiça, o nome do alagoano indiciado não pode ser divulgado, mas o delegado garante que foram encontrados com acusado 425 arquivos contendo fotos, vídeos e desenhos (figura e não animações) de pornografia infantil e abuso sexual. “Os 425 arquivos correspondem a 30 gigas de material e eram compartilhados através de contatos pessoais do acusado e também por meio de P2P, quando é disponibilizado na rede por e não é possível apontar para quem. Segundo a perícia o volume de material gerou um volume de 12 mil disponibilizações,” esclarecem o delegado.

Políbio explicou ainda que as gravuras (desenhos) não configuram o crime, mas é usada por pedófilos para aliciar os menores. Ainda de acordo com o delegado, o material pornográfico encontrado na casa do acusado está ligada à violência sexual na primeira infância: bebês e crianças até cinco anos.

O acusado foi preso em flagrante, mas o prazo da prisão preventiva expirou e o acusado deve responder ao processo em liberdade. O inquérito – que levou quatro meses e meio para ser concluído – foi entregue na última segunda-feira (dia 31 de março), ao Ministério Público Estadual (MPE/AL), a quem cabe medidas de ação penal.

Foram necessários dois inquéritos por que um corresponde à verificação do envio e disponibilização de material pornográfico pela internet. O outro é referente ao armazenamento do material encontrado na casa do acusado que gerou a prisão em flagrante. Por essa razão, a prisão foi em virtude do armazenamento, mas o acusado deve ser indiciado pelo envio do material pornográfico.

As investigações da Operação Glaslost duraram dois anos e se deu em âmbito internacional. Segundo Políbio, o quartel-general da Operação no Brasil fica no Paraná. O FBI investiga a participação de pedófilos americanos e as investigações foram iniciadas depois que a polícia rastreou material de um site hospedado na Rússia.

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