Brasil precisa enfrentar alto custo de remédio para Hepatite C, diz consultora

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A consultora independente Eloan Pinheiro destacou há pouco que o Brasil precisa enfrentar rapidamente o problema do alto custo dos medicamentos para Hepatite C. Segundo ela, após a Aids, o mundo vive uma nova pandemia com a Hepatite C, que já infectou 185 milhões de pessoas. “Só no Brasil são 3 milhões de pessoas infectadas, sendo só 11 mil pessoas tratadas”, disse.

Ela participa de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara para discutir formas de assegurar acesso a medicamentos a custos acessíveis.

Conforme Eloan, a produção nacional dos genéricos para HIV colocou o Brasil na liderança do combate ao alto preços dos medicamentos. Porém, agora o País tem um novo desafio com a Hepatite C. Ela disse que o tratamento atual no Brasil custa 6 mil dólares, mas em outros locais, como Egito, o valor é de 2 mil dólares. “Isso porque o governo do Egito decidiu produzir localmente os medicamentos”, explicou.“Por que não abrir também a possibilidade de medicamentos genéricos para a Hepatite C, como ocorreu com a Aids?”, questionou.

De acordo com a consultora, o novo medicamento para Hepatite C, anunciado a 80 mil dólares, poderia custar para o País apenas 204 dólares, se houvesse produção local.

Ela também acredita que a reforma da Lei de Patentes (9.279/96) é essencial para enfrentar o problema dos altos preços dos medicamentos. Segundo Eloan, alguns deputados encampam essa luta, mas eles são minoria. “Direitos humanos e patentes são incompatíveis, porque saúde e vida não são mercadoria”, disse.

Fonte: Agência Câmara

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