O coordenador da Defesa Civil de Maceió, Dinário Lemos, disse que não tinha conhecimento sobre possíveis riscos de desabamento no Moinho Motrisa. Dinário foi questionado pela imprensa depois que moradores da região informaram que a Defesa Civil havia feito uma fiscalização no local, em função de denúncias de estrutura comprometida. “A defesa civil não tinha conhecimento disto, mas estamos no local para dar total apoio possível nas buscas”, disse Lemos.
Os moradores da localidade conhecida como Vila Nossa Senhora do Carmo, no entanto, afirmam que a existência de rachaduras nas casas próximas e nos silos era uma reclamação antiga. “Há muito tempo os moradores estão reclamando das rachaduras nas residências, causadas pelo moinho e também nos silos, mas foram realizados apenas reparos paliativos. Nossa reclamação é que não houve preocupação em realizar manutenção no local. Sabíamos que essa era uma tragédia anunciada, mas ninguém nem imaginava que poderia acontecer uma tragédia dessas”, disse o comentarista esportivo Antônio Torres, que vive nas proximidades do moinho há cerca de 40 anos.
O Corpo de Bombeiros solicitou que os moradores da vila evacuem a área imediatamente e procurem abrigo na casa de parentes ou em hospedagens.
SMTT
As equipes de trabalho solicitaram da SMTT que o trânsito fosse desviado por ruas próximas para que a Comendador Leão ficasse livre para o trânsito das viaturas. O Samu preparou uma área especial para receber os feridos, improvisado no estacionamento de um estabelecimento comercial.
Até as 17h30 desta segunda-feira, 07, quatro feridos foram resgatados e levados ao Hospital Geral do Estado, no Trapiche. Entre os feridos está uma criança.
Ficou definido que o trigo retirado pelas retroescavadeiras serão levados em caçambas para o estacionamento de Jaraguá.
Cães farejadores
A Polícia está utilizando cães no meio do trigo para ajudar na localizações de vítimas.
"As pessoas que estiverem dentro dos veículos com os vidros fechados têm grandes chances de sobreviver. Não é a mesma chance de quem foi soterrado pelo trigo", disse o médico Luis Mansur, ex-diretor do IML.