PF cumpre mandado de busca e apreensão na sede da Petrobras

Reprodução GloboNewsPaulo Roberto Costa (GloboNews)

Paulo Roberto Costa (GloboNews)

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (11) mandados de busca e apreensão na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Os mandados fazem parte da operação Lava Jato, deflagrada em março, cujo alvo é um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo a polícia, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Ao todo nesta sexta a PF executou 21 mandados de prisão e busca de documentos em cidades dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, quatro de condução coercitiva (quando o suspeito é levado a depor), e 15 de busca e apreensão de documentos na cidade de São Paulo, Campinas (SP), na cidade do Rio de Janeiro e em Macaé e Niterói (RJ).

O G1 entrou em contato com a Petrobras, mas ainda não obteve retorno sobre a ação da PF na empresa.

A operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março, em Curitiba e outras 16 cidades do Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso. As investigações apontam que o grupo envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes. Entre os crimes estão tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos.

Segundo os policiais, um dos grupos fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas.

Ainda segundo a PF, o esquema contava com quatro doleiros com "ampla" atuação no país. Um desses doleiros, que foi preso na operação no mês passado, é Alberto Youssef. Nas últimas semanas, vieram a público denúncias de ligação entre Youssef e o deputado André Vargas (PT-PR).

Segundo reportagem da revista "Veja", as investigações da polícia revelam que Vargas atuou com Youssef para conseguir um contrato de uma empresa de fachada com o Ministério da Saúde. O deputado, que responde a processo de cassação no Conselho de Ética na Câmara, nega as irregularidades.

Além disso, Vargas admitiu que, em janeiro, viajou e, jatinho emprestado por Youssef. O deputado diz que não sabia das ações ilícitas do doleiro e que o conhecia há mais de 20 anos, da cidade de Londrina.

Ex-diretor da Petrobras

A Operação Lava Jato prendeu também, ainda em março, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. De acordo com a polícia, Costa havia sido preso por destruição de provas.

Nesta semana, o Jornal Nacional revelou trecho de depoimento de Costa à Polícia Federal. À PF, o ex-diretor disse que recebeu um carro de luxo do doleiro Alberto Youssef em pagamento por um serviço de consultoria prestado, segundo ele, depois de ter deixado a estatal.

Documentos em posse da Polícia Federal mostram também que Paulo Roberto Costa pode ter recebido depósitos milionários do doleiro na conta de uma de suas empresas, a Costa Global. Um desses documentos é uma planilha de valores que, segundo a Polícia Federal, seria uma contabilidade manual da empresa. São valores em reais, dólar e euro recebidos entre novembro de 2012 e março de 2013.

Fonte: G1

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