Autoridades já confirmaram até agora a morte de 104 pessoas, enquanto outras 198 permanecem desaparecidas, possivelmente presas no interior da embarcação.
A balsa adernou e afundou em menos de duas horas, mas os motivos do naufrágio ainda não são conhecidos.
Sete membros da tripulação foram detidos. Eles são acusados de ter demorado para evacuar o navio.
Segundo relatos, passageiros foram informados de que deveriam permanecer em seus quartos em meio à confusão na cabine de comando sobre a ordem de abandonar a embarcação.
Na segunda-feira, a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, comparou a conduta de alguns membros da tripulação com a de "um assassinato".
Robô de prontidãoAté a semana passada, 174 passageiros tinham sido resgatados com vida da balsa Sewol, que virou enquanto navegava de Incheon, no noroeste do país, rumo a ilha de Jeju, um popular destino turístico sul-coreano.
Havia a bordo 476 passageiros, incluindo 339 crianças e professores em uma viagem escolar. Muitos teriam ficado presos no interior da embarcação enquanto ela adernava e afundava.
Mergulhadores militares vêm liderando as operações de busca e resgate. Eles já conseguiram alcançar muitas das cabines da embarcação, mas lutam contra o tempo para chegar ao restaurante da balsa, onde acreditam que muitas pessoas teriam ficado presas.
Um robô submarino também foi acionado no porto na manhã desta terça-feira e deverá ser usado na operação de retirada da balsa.
Autoridades sul-coreanas afirmaram que vão continuar a buscar sobreviventes com a ajuda dos mergulhadores pelos próximos dois dias, quando então devem dar início à remoção dos destroços do navio naufragado.
A operação já foi discutida e tem o apoio dos familiares das vítimas.
As investigações estão agora concentradas em descobrir por que a balsa fez uma curva acentuada – o que a teria desestabilizado – antes de começar a adernar. Além disso, as autoridades querem saber se uma ordem de evacuação antecipada poderia ter salvado vidas.
O capitão da embarcação, Lee Joon-seok, não estava no comando quando a balsa começou a naufragar. Um terceiro oficial que nunca havia navegado naquela região conduzia o leme quando o acidente ocorreu, afirmaram as autoridades.
O capitão e outros dois membros da tripulação foram acusados de negligência e violação de lei marítima. Quatro outros integrantes da equipe a bordo foram detidos na segunda-feira.