A primeira instância da Justiça Militar decidiu hoje (23) absolver o suboficial da Marinha Luciano Gomes Medeiros, acusado de provocar o incêndio que destruiu a base brasileira na Antártica, no dia 25 de fevereiro de 2012. Por 4 votos a 1, os juízes entenderam que o laudo da Polícia Federal não concluiu que o militar foi o responsável pelo incêndio. O Ministério Público Militar afirmou que vai recorrer da decisão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Medeiros era responsável pela transferência de óleo diesel de combustão imediata entre tanques que alimentavam os geradores da base militar. Na noite do dia 25, ele deixou o posto, com a transferência em andamento, para participar da festa de despedida de uma pesquisadora.
De acordo com o Ministério Público, o incêndio ocorreu porque a transferência de combustível não foi encerrada em tempo hábil, levando ao transbordamento dos tanques. O contato do óleo com o gerador quente foi a principal causa do incêndio, que destruiu 70% da base militar. O prejuízo causado pelo incêndio foi orçado em R$ 24,6 milhões.
Em sua defesa no processo, o sargento disse que desligou a bomba de transferência de combustível, mas que não se lembra de ter fechado as válvulas dos tanques.