O tratamento e manejo a serem dados de agora por diante nos resíduos sólidos foram tratados em reunião pública ocorrida no auditório do Centro de Referência Integrado de Arapiraca (Cria), no bairro de Santa Edwiges, nesta quarta-feira (23).
O encontro fez parte da etapa "Região Agreste" dentro do cronograma do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS), que faz a validação do diagnóstico da gestão destes materiais em Alagoas.
Estando ainda em trâmite inicial, o diagnóstico foi mostrado aos participantes do evento, evidenciando a necessidade de realinhamento da coleta seletiva e de uma educação ambiental para a sociedade e ainda a discussão da destinação do lixo produzido.
Segundo dados apresentados pelo PERS, a cidade de Arapiraca produz por dia 192,66 toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU). "Este é o momento que o Plano Estadual vem até a população para ouvir também sugestões, pois nós, técnicos, fazemos apenas recortes de indicadores. Precisamos realinhar a coleta seletiva para que nada vá para os aterros sem necessidade. Há muito a ser aproveitado que é jogado fora e pode-se ser reutilizado por ser reciclável", diz a técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e a coordenadora do PERS, Elaine Melo.
Compondo a mesa de explanações, além dela, estavam o secretário Municipal de Meio Ambiente e Saneamento (Semasa), Ivens Barbosa, representando a prefeita Célia Rocha (PTB); o gerente técnico da empresa Floram – Engenharia e Meio Ambiente, Augusto Braga; o técnico da Floram, Adelmo Mendonça; o superintendente do Consórcio do Agreste (Conagreste), Genaldo Barbosa, e o engenheiro ambiental Pedro Alves.
"É importante frisar que Alagoas é o estado do Brasil mais adiantando no quesito de consórcios ambientais entre os municípios. Com o compromisso da nossa prefeita Célia, nós, de Arapiraca, estamos à frente do Consórcio do Agreste. O que precisamos agora é fortalecer nossos vínculos, todos os municípios envolvidos, em uma cadeia de ações que vão desde investimentos na educação ambiental – a primar uma redução de consumo e reutilização de materiais que seriam jogados no lixo – até a diminuição de danos ambientais, buscando na verdade uma solução regional com o gerenciamento desses resíduos", pontua o secretário da Semasa, Ivens Barbosa.
Foram apresentadas algumas metas do PERS pelo gerente técnico Augusto Braga, que enfatizou que este plano para Alagoas é de médio e longo prazo, pois há toda uma mudança intrínseca de valores a ser feita na sociedade.
Nos debates e na plateia estavam secretários dos municípios de Taquarana, Coité do Nóia, São Sebastião, Palmeira dos Índios, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Quebrangulo, Estrela de Alagoas, Belém e Igaci, além de representantes do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), Caritas do Brasil, Agenda 21, Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e das associações de Moradores do Bairro São Luiz e de Catadores de Mangabeiras.
Conagreste
Com o empenho da prefeita Célia Rocha (PTB), em março, foi assinada ordem de serviços para a execução dos Planos Estadual e Intermunicipais de Resíduos Sólidos, em solenidade ocorrida em Maceió.
Arapiraca está presidindo o Conagreste, a contar com 19 municípios da região, além de Traipu que está aderindo ao plano.
Com uma adesão de cerca de 85% das administrações municipais, os consórcios são o formato indicado pelo Ministério do Meio Ambiente por meio da Política Nacional, sendo traçados pela Política Estadual de Resíduos Sólidos, sob a ótica da Lei 12.305/2010.