Um torcedor de camisa preta com a frase ‘Speziale Libero’ sentado na grade que separava a arquibancada do gramado do Estádio Olímpico de Roma foi quem deu o aval para que a final da Copa da Itália entre Napoli e Fiorentina fosse disputada neste sábado depois de torcedores terem entrado em conflito nos arredores da capital italiana, ameaçando a disputa da partida, afirma a impensa local.
A enigmática figura teve o privilégio de conversar com Hamsik, meio campista eslovaco craque do Napoli e de intermediar com dirigentes o prosseguimento do espetáculo depois de 45 minutos de atraso com a condição de que os torcedores organizados de ambos os times se mantivessem em silêncio enquanto a bola rolasse.
Tamanho respeito pelo indivíduo em questão tem justificativa.
O homem de camisa preta é Gennaro De Tommaso ou Gennaro ‘Carniça’ – ‘la carogna’. Trata-se do chefe de uma das principais torcidas do Napoli, os ‘Masttifs.’
Além do status conquistado pela liderança dos ultras napolitanos, ‘Carniça’ ainda seria filho de um temido integrante da Camorra, grupo criminoso que atual no Sul da Itália. Seu pai, Ciro De Tommaso, atuaria com o clan Rione Sanità dei Misso, especializado em furtos e roubos de bancos, correios e carros blindados.
Em tempo: a frase impressa na camisa de ‘Carniça’ – ‘Speziale Libero’, ‘Speziale Livre’ – também é polêmica. Speziale é o nome de um torcedor do Catania preso desde 2007 acusado de ter assassinado um inspetor de polícia.