Alegando sofrer perseguição política, trabalhadores rurais bloquearam na manhã desta quarta-feira, 7, o Centro da cidade de Joaquim Gomes, a 70 km de Maceió, e ocuparam a prefeitura do município. Eles protestam contra uma decisão que impede a realização da Feira da Reforma Agrária as quartas-feiras.
O grupo de trabalhadores rurais é ligado ao Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e a cada 15 dias organizavam no Centro da cidade feira com agricultores de acampamentos e assentamentos do município.
De acordo com Josival Oliveira, dirigente do MLST, o impedimento se deu por meio de uma perseguição política promovida pela nova prefeita do município, que teria ingressado na justiça pedindo a suspensão das atividades, “sob a alegação de insegurança no município”.
“Para nós do movimento, a posição da nova prefeita é perseguição política, pois os agricultores que ali montam suas bancas são do próprio município e a produção vem dos acampamentos e assentamento da Reforma Agrária. Além disso, essa feira movimenta a economia do município”, destacou Oliveira.
A feira no município é realizada desde janeiro deste ano. A Câmara Municipal de Vereadores chegou a aprovar um projeto de lei que institui a feira como utilidade pública. “Não entendemos essa posição da prefeita, enquanto os vereadores reconhecem a importância, a prefeita desconsidera”, enfatizou Oliveira.
Revoltados com a decisão judicial, os trabalhadores rurais ocuparam as ruas do município com os alimentos. “Não vamos ficar esperando que a prefeita reveja a sua posição enquanto ficamos de braços cruzados, precisamos vender os alimentos, até por que trabalhamos. Não aceitamos e ficaremos na Prefeitura até vendermos os alimentos”, destacou o agricultor Jailson.
O Alagoas24horas tentou contato com a prefeita do município, pelo telefone móvel, mas sem sucesso.