Três acusados no crime de Diego Florêncio, ocorrido em Palmeira dos Índios no ano de 2007, estão indo a júri popular nesta terça-feira (13), no Fórum do Barro Duro. Paulo José Leite, Juliano Ribeiro Balbino e Antônio Garrote estão sendo interrogados pelo juiz Jonh Silas. Aproveitando o momento para se defender, Juliano Balbino, tido no processo como o homem que puxou o gatilho, não respondeu a nenhuma pergunta do juiz.
O julgamento é marcado por certa tensão que envolve o nome do ex-prefeito de Estrela de Alagoas, Antônio Garrote, e possíveis ameaças de morte de parentes da vítima e dos acusados.
Entre as perguntas feitas pelo juiz Jonh Silas ao primeiro interrogado, Juliano Balbino, o réu preferiu o direito que lhe reserva de permanecer calado. O juiz o questionou se ele teria ido à delegacia de Palmeira dos Índios dias antes do crime para realizar um exame residuográfico. A ideia era forjar uma possível “prova” de que Juliano não teria utilizado a pistola calibre 380 na morte do jovem dias depois.
De acordo com a denúncia proferida pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL), Juliano teria sido o autor dos disparos e os outros dois acusados teriam dado cobertura.
Já Paulo José Leite aproveitou o momento para fazer diferente. Ele contrariou a versão da família da vítima que disse que Diego Florêncio não conhecia os acusados. “Eu jogava bola com ele, não era amigo, mas o conhecia. Meus sobrinhos frequentavam constantemente a casa dele”, disse. Paulo alegou inocência e acusou dois policiais civis ligados à família da vítima de o acuarem para se entregar ameaçando de morte.
Os tios seriam tidos como “pessoas perigosas” na cidade e que teriam um histórico de crimes. Quando questionado pelo magistrado sobre a possibilidade de ter aberto um procedimento em desfavor dos dois na delegacia, o réu disse ter ficado com medo.
O julgamento foi iniciado às 9h de hoje deve seguir durante todo o dia.