Júri popular condena acusados de matar universitário em Palmeira

Magistrado John Silas conduziu o julgamento e aplicou a pena com base nos crimes cometidos pelos réus.

Pedro ConselheiroAcusados poderão recorrer ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

Acusados poderão recorrer ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

Os jurados do 3º Tribunal do Júri condenaram, por maioria de votos, os acusados de assassinar o estudante Diego de Santana Florêncio, em junho de 2007, na cidade de Palmeira dos Índios. Juliano Ribeiro, acusado de ser o autor dos disparos, foi condenado a 19 anos, 9 meses e 15 dias, enquanto os réus Antônio Garrote da Silva Filho e Paulo José Leite Teixeira deverão cumprir pena de 14 anos e 3 meses cada um. O juiz John Silas da Silva conduziu o julgamento e aplicou a pena com base nos crimes cometidos. A decisão ainda pode ser recorrida ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

Durante a leitura da sentença, o magistrado John Silas destacou a gravidade do crime e conversou com os acusados. “Vocês poderão recorrer em liberdade já que não houve nenhum fato novo, mas espero que não pratiquem nenhum outro delito. E que essa conduta sirva de exemplo para que outros vejam que o crime não compensa”, explicou.

Antes da condenação, o advogado de Antônio Garrote, Raimundo Palmeira, apontou possíveis falhas na acusação dos réus. Ele afirmou que o álibi criado por eles foi devido ao fato do policial que os prendeu ser parente da vítima e impor medo nos réus. Apontou também acontecimentos em que a vítima teria se desentendido com outras pessoas.

Raimundo Palmeira alegou ainda que seria muito difícil que o acusado Juliano Balbino, sem experiência com armas de fogo, segundo o advogado, tivesse acertado todos os 10 tiros na vítima e deixado uma testemunha conhecida viva. O advogado afirmou que a acusação contra Antônio Garrote não tinha nenhum fundamento.

Já a promotora de Justiça, Martha Bueno, destacou que foi um ato muito grave a sustentação de álibis falsos. A promotora lamentou o assassinato, considerado bárbaro por ela, do jovem Diego Florêncio. Os advogados Genir Medeiros Campos Júnior e José Fragoso participaram do julgamento como assistentes de acusação.

O advogado José Fragoso afirmou que os acusados criaram falsos álibis para esconder que tinham cometido o crime e que somente em abril de 2008, com o resultado das interceptações telefônicas, quando a polícia descobriu que os celulares de todos os suspeitos estavam em Palmeira dos Índios foi que eles afirmaram que criaram o álibi por medo. O assistente de acusação justificou ainda que o julgamento foi transferido para a capital devido a grande influência que os réus tinham em toda região próxima a Palmeira dos Índios.

Diego Florêncio foi assassinado em junho de 2007, na cidade de Palmeira dos Índios, no momento em que retornava para casa, por volta das 3 horas da madrugada. Os réus foram apontados pelo Ministério Público Estadual como principais suspeitos do crime. A vítima foi atingida por 10 tiros de pistola. O crime foi planejado e executado pelos três réus, depois de desavença registrada entre a vítima e acusados, horas antes do assassinato, num estabelecimento comercial do município agrestino.

Fonte: Ascom

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