Um grupo de cerca de 50 vigilantes em greve fez uma manifestação irreverente na tarde desta quarta-feira (14) em Copacabana, Zona Sul do Rio. Os ativistas se reuniram diante da estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, onde realizaram um almoço simbólico, para pedir reajuste salarial de 10% e aumento de quase 100% do tíquete refeição.
"Isso é para mostrar o milagre que o vigilante faz para almoçar com R$ 10,10 por dia", disse o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio de Janeiro (Sindvigrio), Sebastião Neto.
Entre as reivindicações da categoria estão a não inclusão dos adicionais de risco de vida e periculosidade ao salário, falta de plano de saúde e o baixo preço da diária em dias de grande evento, que deveria saltar de R$ 80 para R$ 180.
As quentinhas foram compradas pelo sindicato e distribuídas aos grevistas conforme chegavam. Eles aderiram à greve após um mutirão bater à porta de agências bancárias convencendo companheiros a também cruzarem os braços.
"A decisão da Justiça que reconheceu a greve como legal só colocou como condição que cada banco tivesse um vigilante, em vez de três. Isso facilitou para a gente", reconheceu o diretor do Sindvigrio.
Os grevistas estão na expectativa que outros municípios decretem a paralisação. Entre eles, Friburgo, Campos, Macaé, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados e Angra dos Reis.