brasileiro David Miranda, namorado do jornalista que revelou as informações de Edward Snowden, recebeu permissão para apelar de sua detenção no Aeroporto de Heathrow em agosto do ano passado, informou o jornal britânico “The Guardian” nesta quinta-feira (15).
Na época, Miranda foi interrogado por nove horas pelas autoridades locais. Os oficiais agiam de acordo com lei do Ato Terrorista, de 2000, que permite a interceptação de indivíduos, pesquisa e aplicação de interrogatório em aeroportos, portos e áreas de fronteira.
O brasileiro é companheiro de Glenn Greenwald, ex-jornalista do “The Guardian” responsável por revelar as informações vazadas pelo ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.
Em fevereiro, três juízes da Alta Corte britânica concluíram que a detenção de Miranda foi legal, proporcional às circunstâncias e não violou os direitos humanos e a liberdade de expressão.
Durante a detenção, autoridades britânicas apreenderam pertences de Miranda, entre eles mídia eletrônica que, segundo os britânicos, continha 58 mil documentos da NSA (agência de segurança nacional dos EUA), e de seu equivalente britânico, o GCHQ (Quartel-General de Comunicações do Governo).
Agora, um caso similar registrado no país fez com que a Justiça permitisse a apelação de Miranda.
“Ao dar luz verde para o caso, a corte de apelações notou a importância das questões e os argumentos legais levantados”, disse seu advogado, Gwendolen Morgan.