Na semana em que a educação volta a ser o centro das atenções com a abertura das inscrições para mais uma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o professor Ivys Urquiza ajuda o YouTube Edu (www.youtube.com/edu) a promover em Alagoas campanha que busca docentes dispostos a contribuírem com vídeos dos ensinos fundamental e médio.
Lançado com oito mil vídeos em novembro, o YouTube Edu nasceu da parceria entre Google e Fundação Lemann. Em abril, a plataforma cresceu ainda mais, com três mil novos vídeos no ar e a entrada de conteúdo para o ensino fundamental. O Brasil é o primeiro país a receber o YouTube Edu, após a experiência bem-sucedida da plataforma nos Estados Unidos.
Para incentivar a produção de videoaulas, o YouTube oferece muitos atrativos para os novos professores que decidirem se aventurar na plataforma. Os canais cadastrados desde o lançamento ganharam visibilidade e credibilidade que antes era difícil de ser alcançada. Dos 26 canais parceiros desde o início, 90% deles observaram um aumento significativo em suas taxas de visualização.
Duas semanas após o lançamento da primeira fase, os canais incluídos na época tiveram um aumento médio de 30% em suas taxas de visualização, em comparação às duas semanas anteriores, chegando a até 70% para alguns parceiros. Hoje, eles já contabilizam juntos a soma significativa de 3.7 milhões de inscritos e, apenas no mês março deste ano, foram 1.6 milhões de horas assistidas por semana. Os dados foram divulgados pelo Google no mês passado.
Canal de física é destaque no YouTube Edu
O canal Física Total (www.youtube.com/fisicatotal), do professor de Alagoas Ivys Urquiza, é um dos destaques nacionais do YouTube Edu. O canal tem mais de 60 mil usuários inscritos e cerca de 1,3 milhões de visualizações das videoaulas voltadas para o Enem e outros vestibulares do país, a exemplo da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que organiza o processo seletivo da Universidade de São Paulo (USP). Os números fazem do projeto o canal de física mais visitado do país.
"É mais gente do que a soma de todos os alunos para quem já dei aulas presenciais em 22 anos de carreira. Somos hoje o primeiro de física, e isso com apenas 14 meses de trabalho. Estou investindo pesado com o objetivo de, em breve, ter o Física Total como principal fonte de renda, sem necessariamente abandonar a sala de aula, onde me sinto bem", destaca Ivys Urquiza, que ensina na rede particular de ensino em Maceió.
O professor se refere ao ganhos pelo sistema de monetização por anúncio do YouTube, no qual o "youtuber" fica com 55% da receita publicitária gerada pelas visualizações. Segundo revelou em entrevista dada ao jornal O Estado de S. Paulo, a renda pelo ensino online e seus produtos derivados fazem com que o professor César Medeiros, conhecido como Nerckie, tenham uma renda mensal próxima a R$ 30 mil com o seu canal de matemática Vestibulândia, um dos pioneiros das videoaulas no Brasil.
"Acredito que os brasileiros vivem um momento inédito no panorama educacional do país, em especial no ensino médio. Iniciativas como o YouTube EDU possibilitam diminuir diferenças históricas de acesso à informação e da qualidade de ensino voltado à preparação de estudantes de todas as classes sociais e localidades. Estamos juntos do estudante, dando o melhor do nosso trabalho a qualquer hora, em qualquer lugar e sem qualquer custo", completa Ivys Urquiza.