O deputado Antonio Albuquerque concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (16), em um hotel da orla de Maceió, e se pronunciou oficialmente sobre a saída do PRTB da frente de oposição ao governo capitaneado pelo PMDB do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros.
Albuquerque fez questão que afirmar que as suas declarações são um posicionamento pessoal e não do PRTB. Cercado pelo filho e posteriormente pelo ex-prefeito Cícero Almeida, o deputado e vice-presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) disse não ter experimentado nenhum sentimento de raiva contra os Calheiros e sim de tristeza. "Não recebi de Renan o mesmo carinho, apreço e lealdade que lhe dediquei”, afirmou.
E foi mais além. "Covardia e traição não fazem parte da minha conduta de vida”, disse. O deputado distribuiu críticas à imprensa que teria ‘embarcado na história de expurgo’ e defendeu, ainda, que seria vítima de uma armação política.
"Estou triste por ter dedicado 24 anos ao lado do Renan em que votei nele, no Renanzinho, no Olavo e em tantos outros Calheiros e não posso aceitar essa retórica criminosa de ‘depuração.’"
O deputado, que negou o direito de voz ao ex-prefeito Cícero Almeida, alegando que a coletiva era para ele (Albuquerque) se pronunciar, disse que os integrantes da frente de oposição se colocam como “paladinos da moralidade”, mas vários estariam respondendo a processos na justiça alagoana segundo levantamento feito junto ao E-Saj.
Albuquerque afirmou ainda que o PRTB é forte e deverá fazer dois deputados nas próximas eleições, mas não informou a qual casa legislativa irá se candidatar. O deputado citou a operação Taturana, considerada por ele um ‘momento difícil’ da sua carreira, mas diz que fez do seu mandato um instrumento de defesa dos interesses dos alagoanos. "Temos um PIB eleitoral grande e que despertou o sentimento de inveja. Tenho a segurança que iremos eleger dois deputados pelo PRTB."
Em tom contundente, o deputado confirmou que seu filho Nivaldo Albuquerque também será candidato, mas o cargo será definido pela base. O candidato ao governo do Estado também deve sair de uma reunião interna da base.