Acusado assassinar o reeducando José Militão de Souza Filho, em janeiro de 2009, dentro do Presídio Baldomero Cavalcante, Charles Gomes de Barros, conhecido por "Charlão", vai a júri popular, nesta terça-feira (27), a partir das 13h. O magistrado John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal da Capital, conduz o julgamento, no 2º Tribunal do Júri do Fórum da Capital. O Ministério Público Estadual será representado pelo promotor Elísio Maia.
O crime ocorreu por volta das 9h, nas dependências do presídio. O réu juntamente com Antônio Francisco Salvador Irmão, Antônio Marcos Soares dos Santos, Flávio Elias dos Santos e Luciano José da Silva, em comunhão de ações e desígnios de terceiras pessoas ainda não identificadas, teriam assassinado José Militão por asfixia mecânica, constatada no laudo de exame cadavérico da vítima.
O motivo do crime seria a disputa entre Charles Gomes de Barros e José Militão por pontos de tráfico de drogas, inclusive dentro do próprio sistema prisional. O réu havia, supostamente, prometido recompensas para os outros envolvidos o ajudarem no crime.
De acordo com o depoimento da companheira da vítima, existia uma rivalidade entre “Militão” e “Charlão” antes mesmo da prisão dos dois, pois a vítima teria assumido os negócios de tráfico de drogas na área da Feirinha do Tabuleiro, após a morte do seu irmão, supostamente assassinado a mando de “Charlão”, em virtude de desavenças anteriores.
Os acusados de assassinar José Militão foram pronunciados em agosto de 2010 pelos juízes integrantes da 17ª Vara Criminal da Capital. A defesa de Charles Gomes de Barros havia alegado que não existiam indícios de autoria do crime em desfavor do réu.