Rio: Exército terá 300 homens para atuar em caso de atentado nuclear e biológico

Tânia Rêgo/Agência BrasilAgentes de defesa e segurança simulam acidente radiológico no metrô causado por atentado terrorista, como parte da preparação para a Copa

Agentes de defesa e segurança simulam acidente radiológico no metrô causado por atentado terrorista, como parte da preparação para a Copa

Cerca de 300 homens do Exército ficarão de prontidão na cidade do Rio de Janeiro para atuar em resposta a eventuais atentados envolvendo agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares, durante a Copa do Mundo. O principal foco de atenção dos militares será o Estádio do Maracanã, que sediará sete jogos do torneio, entre eles a final, no dia 13 de julho, mas equipes estão de prontidão para atuar em outros possíveis alvos de ataque, como estações de metrô.

A informação foi divulgada hoje (31) pelo chefe da Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear do Centro Tecnológico do Exército, tenente-coronel Paulo Cabral. “Antes do evento, é feita uma análise de risco em vários locais em que pode acontecer um evento desse tipo e eles são reconhecidos previamente”, disse o oficial.

Militares do Exército estão de prontidão para agir em caso de atentado nuclear e biológico na CopaTânia Rêgo/Agência Brasil
Segundo ele, entre as funções do Exército estará a identificação do agente usado no atentado e o atendimento a vítimas desses ataques, para que elas possam ser descontaminadas. Para isso, os militares trabalham com tendas, que podem ser montadas nos locais do incidente.

"Elas [as pessoas com suspeita de contaminação] passam por uma descontaminação primária e é feita uma triagem nesse pessoal, para verificar se estão contaminadas ou não e o nível de contaminação. Aquelas que estiverem contaminadas devem passar pelo posto de descontaminação total. A gente usa algumas soluções [medicamentos líquidos] preparadas para que seja feita a descontaminação”, disse Cabral.

Na manhã de hoje, as Forças Armadas e os bombeiros fizeram uma simulação de um atentado com uma bomba radioativa dentro de um vagão de metrô. Funcionários do metrô levaram cerca de 20 minutos para atender a cerca de 15 pessoas que simulavam estar feridas. Depois, chegaram militares das Forças Armadas e bombeiros para dar prosseguimento ao socorro médico.

Primeiro, os “feridos” foram encaminhados a uma tenda de descontaminação primária do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros e, depois, para a tenda de descontaminação total do Exército. A simulação foi feita na Estação Cidade Nova, no centro, que fica fechada nos finais de semana.

Fonte: Agência Brasil

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